Que tristeza! Filhote de Golden Retriever morre em ponte aérea da LATAM
A dona, Gabriela Duque Rasseli, culpa a companhia aérea pela tragédia; empresa afirma que "seguiu todos os procedimentos de aceitação e transporte do pet"
A carioca Gabriela Duque Rasseli fez um relato no Instagram que anda mobilizando a internet. A jovem havia comprado um cachorro da raça Golden Retriever, que chegaria até ela por meio de uma viagem de avião. No último dia 14, foi enviado para ela uma foto do filhote no aeroporto de São Paulo, antes do embarque. Ele aparentava estar saudável e feliz.
O voo pousou no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, às 13h53, mas a dona relata que o animal só lhe foi entregue às 15h30, quase morto. “A LATAM assassinou meu cachorro. Eu não tive oportunidade de conhecê-lo(…) Deixaram meu cachorro no calor, quando ele chegou pra mim ele já estava quase morto! Minha família e eu estamos devastadas. Não tem nada que alivie nossos corações. A gente só quer justiça!”, escreveu.
Em nota, a companhia aérea garante que seguiu todos os procedimentos de aceitação e transporte do pet que atendem rigorosamente aos regulamentos de autoridades nacionais e internacionais, e que se sensibiliza muito com o ocorrido. “Logo após o pouso, ainda dentro do kennel [caixa de transporte], nossa equipe do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro identificou que o animal encontrava-se com sinais de mal-estar e, imediatamente, atuou para que ele fosse transportado a uma clínica veterinária em uma van dedicada e em tempo mais rápido do que o padrão para esta operação. Vale ressaltar que, da pista do aeroporto até o terminal de cargas, são 7,5 km e o trajeto deve ser percorrido em até 20 km/h. Reforçamos que o pet não foi exposto ao sol ou passou calor e, que, nossa equipe esteve junto dele e de sua tutora durante todo o atendimento, e se manteve disponível via telefone inclusive após a internação do pet”, justifica.
Gabriela Duque, contudo, alega nas redes sociais que tem sofrido ambiguidade nas tentativas de contato com a empresa, que tem causado um enorme desgaste psicológico e emocional. “Apesar da resposta da companhia aérea a terceiros que se manifestaram em relação ao caso, a senhora Gabriela e família Duque ainda aguardam os devidos esclarecimentos da empresa sobre o período em que o Zyon passou desde o desembarque até o encontro. A família estuda a possibilidade de entrar com ação judicial, na tentativa de obter reparação e encerramento do episódio que ainda causa muita dor”, esclarece nota à imprensa publicada na conta da carioca, que está indignada com o descaso da LATAM.
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Ativistas da causa animal, como a Luisa Mell, já se pronunciaram sobre a história: “A lei está completamente errada, porque cachorro não é bagagem e não deveria ser colocado no bagageiro em hipótese alguma“. O delegado Bruno Lima, deputado estadual de São Paulo, informou que está tomando as devidas providências em busca de justiça, tendo apresentado ao Ministério Público um pedido para que investiguem o ocorrido. O canil de Golden também se prontificou a entregar um novo filhote para a jovem.
Desejamos muita força a Gabi, pois não é nada fácil perder um pet e ver animais sofrerem…
Confira a seguir o posicionamento na íntegra da íntegra da LATAM sobre o Caso Zyon:
Nós da LATAM nos sensibilizamos muito com o que aconteceu e estamos em contato com a cliente Gabriela desde o desembarque do animal, prestando toda assistência necessária até o momento presente.
A empresa esclarece ainda que seguiu todos os procedimentos de aceitação e transporte do pet que atendem rigorosamente aos regulamentos de autoridades nacionais e internacionais.
Desde o embarque no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), o pet foi acompanhado de acordo com os mais rígidos protocolos de segurança, aguardando em ambiente refrigerado até a entrada na aeronave e permanecendo hidratado ao longo do trajeto.
Logo após o pouso, ainda dentro do kennel (caixa de transporte), a nossa equipe do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (Galeão) identificou que o animal encontrava-se com sinais de mal-estar e, imediatamente, atuou para que ele fosse transportado a uma clínica veterinária em uma van dedicada e em tempo mais rápido do que o padrão para esta operação. Vale ressaltar que, da pista do aeroporto até o terminal de cargas, são 7,5 km e o trajeto deve ser percorrido em até 20 km/h.
Reforçamos que o pet não foi exposto ao sol ou passou calor e, que, nossa equipe esteve junto dele e de sua tutora durante todo o atendimento, e se manteve disponível via telefone inclusive após a internação do pet.
Esclarecemos que a LATAM obedece às mais restritas normas de segurança para transportes de pets, seguindo procedimentos baseados no Regulamento de Animais Vivos da IATA e tendo protocolos ainda mais rígidos que a portaria 93 do IBAMA, garantindo uma execução segura em todas as etapas do processo de transporte. Salientamos ainda que a operação ocorreu respeitando os intervalos de tempo seguros desde a entrega do pet à equipe da LATAM, inclusive após o desembarque.
A companhia reitera que a segurança é um valor inegociável, reforçando que se solidariza com a tristeza vivida pela cliente e que fará tudo que está ao seu alcance para oferecer a assistência necessária neste momento. A LATAM permanece em contato com a Gabriela, que sinaliza compreensão quanto ao posicionamento e procedimentos adotados pela companhia.