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"Quando começam a falar de mim, tenho vontade de fugir. Pra suportar a dor, comecei a me cortar"

A nossa leitora, M. N., de 14 anos, mandou seu depoimento sobre bullying . Ela não consegue mais ficar no meio de seus colegas de escola por causa das agressões, e, quando pediu ajuda, seus pais acharam que era bobagem. “Sofro bullying desde pequena, mas nunca liguei muito para isso. Hoje, isso começou me afetar […]

Por Da Redação Atualizado em 4 nov 2024, 12h54 - Publicado em 18 dez 2015, 16h43

A nossa leitora, M. N., de 14 anos, mandou seu depoimento sobre bullying . Ela não consegue mais ficar no meio de seus colegas de escola por causa das agressões, e, quando pediu ajuda, seus pais acharam que era bobagem.

“Sofro bullying desde pequena, mas nunca liguei muito para isso. Hoje, isso começou me afetar mais. Parei de frequentar lugares onde todos os meus amigos vão pois não aguento as piadinhas que fazem sobre mim quando estão todos reunidos.  Pelo fato de eu ter um  nariz um pouco grande e ser muito magra, eles me chamam de apelidos bem chatos como ‘ladra de ar’ e ‘graveto’. E eu nem preciso estar perto para isso acontecer, pois mesmo quando estou no meu canto, recebo tuítes com zoações a meu respeito. Já falei para os meus pais sobre o problema, mas eles só riem e acham que é bobagem. Pedi que eles me levassem a um psicólogo, mas eles acharam desnecessário. O que eles não sabem é o quanto isso me faz mal.  Quando começam a falar de mim, eu tenho vontade de fugir e ir para um lugar bem longe para chorar. Eu comecei a me cortar, para que pudesse esquecer esse problema e ajuda um pouco. Eu não sei mais o que fazer….”

Procuramos uma profissional para explicar esse comportamento tão sério da leitora.“Este comportamento de se cortar frente a uma situação angustiante, apesar de muito grave, não é incomum e é sim reversível . Em uma fase como a adolescência, em que a jovem se reconhece quando participa de um grupo, ser colocada de lado faz mal para a sua autoestima. A melhor coisa que se pode fazer é procurar um psicanalista. É uma pena que os pai não levem a sério, pois aquilo que ela não pode transformar em palavras, faz com que seu comportamento ganhe as dimensões que ganhou.”, explicou a psicóloga Katia Bizzarro.

Se, como no caso da M., seus pais não acreditarem no seu problema, procure outra pessoa de confiança, como uma tia ou mesmo uma professora, e peça ajuda com o problema!

Você passa por esse problema do bullying ? Mande seu depoimento pra gente e levante a cabeça. Não deixe que essa agressão te abale!

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