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Precisamos falar sobre a ‘lacuna do orgasmo’ entre nossa galera jovem

Apesar do maior acesso à informação e liberdade, o orgasmo não é realidade comum para muitos jovens. Vem entender!

Por Juliana Morales 31 jul 2024, 17h29
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Dia Mundial do Orgasmo, comemorado nesta quarta-feira (30), é uma oportunidade interessante de falar sobre prazer – em especial, da nossa galera jovem. Já discutimos aqui na CAPRICHO, por exemplo, que, para os gens Z, sexo não é uma prioridade como em gerações anteriores. Uma das explicações para isso é que, hoje, temos mais fontes de prazer e somos mais livres para explorar nossos corpos e nos masturbarmos do que antes.

O Censo do sexo, pesquisa realizada pela startup de produtos voltados ao bem-estar sexual pantynova, apontou que 78% dos jovens de até 24 anos  se sentem confortáveis de falar sobre sexo. E não para por aí: 82% dessa galera mais jovem se diz “uma pessoa aberta a tentar novas experiências sexuais”. Já, entre entrevistados com mais de 25 anos, 77% afirmaram estar dispostos a tentar novas experiências sexuais.

O lacuna do orgasmo 

Mas essa liberdade e afinidade com o assunto nem sempre é sinônimo de prazer. O levantamento da pantynova, que contou com a participação de mais de 1800 pessoas de todos os gêneros, orientações sexuais, de todas as regiões do país, mostrou que existem alguns “gaps (ou lacunas) do orgasmo”. O principal deles é entre homens e mulheres (cis, principalmente). Ou seja, a superioridade do número de homens que dizem atingir o orgasmo durante o sexo com relação ao número de mulheres.

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Enquanto 66% das mulheres afirmaram alcançar o orgasmo sempre que estão sozinhas, esse número cai para 19% durante o sexo com outra pessoa. Dentre os homens, 86% relataram atingir o orgasmo sempre durante a masturbação, e 54% no sexo a dois.

Em recorte que levou em consideração também a orientação sexual, esses números se diferenciam ainda mais. Quando o assunto é orgasmo no sexo a dois, apenas mulheres lésbicas se destacam, somando 28% das que afirmam gozar sempre transando com outra pessoa, ou seja, 9% a mais do que mulheres heterossexuais.

Em outro texto da CH, falamos de uma outra pesquisa, realizada pela Universidade da Flórida, que apontou que 4 em cada 10 jovens não sabem onde está o clitóris de uma mulher e o quanto isso afeta o prazer das mulheres – já que, é por meio do estímulo do clitóris, que muitas mulheres conseguem chegar ao orgasmo mais facilmente do que de outras maneiras.

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O Censo do sexo, da pantynova, ainda observou uma lacuna de idade quando o assunto é o orgasmo. De acordo com a pesquisa, 63% dos jovens dizem gozar SEMPRE quando se masturbam, já as pessoas mais velhas saem ganhando, 73% dizem gozar todas as vezes que se masturbam. Quando é sobre transar com outra pessoa, apenas 20% dos jovens dizem gozar SEMPRE, aqui também saem perdendo para o grupo mais velho, 27% dizem gozar sempre com outra pessoa.

Ok, CH, mas o que fazer com todas esses dados?

Bom, você já deve ter ouvido o conselho que para ter mais prazer, você precisa conhecer mais o seu corpo. E isso não é exagero nenhum. Buscar mais informações sobre o tema, entender as partes do seu corpo, saber se proteger e cuidar da sua saúde íntima (e emocional também, viu?) vai te ajudar a descobrir mais caminhos para alcançar o orgasmo.

Preparamos neste outro texto aqui um Guia Definitivo do Orgasmo, com explicações sobre o que é, quais os tipos e como chegar lá. E se tiver mais alguma dúvida, lembre-se do SOS Sexo da CAPRICHO, um espaço aqui no site que respondemos as perguntas de vocês, nossos leitores. É só mandar para capricho@abril.com.br ou por meio do nosso formulário. Seu anonimato será garantido!

 

 

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