Por que as pessoas usam fantasias no Halloween?
Tradição pagã remonta da época dos povos celtas da Britânia, que surgiram em 600 a.C. e celebravam na noite de 31 de outubro o festival de Samhain
Não tem jeito: as pessoas esperam ansiosamente o Halloween com o intuito de se fantasiar. Tem gente, inclusive, que passa o ano inteiro pensando em uma fantasia (ou em várias) para arrasar nas festas. Mas você já parou para se perguntar por que a gente se fantasia no Dia das Bruxas?
Para isso, a gente precisa voltar no tempo, láááá para a época dos celtas da Britânia – ou então para 2008, quando Supernatural lançou o episódio “It’s the Great Pumpkin, Sam Winchester” (ep. 7, temporada 4), que conta exatamente essa história que você está prestes a conhecer. Se tiver curiosidade, depois assista. Ou reveja, caso seja um hunter de carteirinha. O seriado está disponível na HBO Max e no Prime Video.
Mas, vamos lá! Durante a Idade Média, por volta de 600 a.C., surgiram as primeiras sociedades celtas na Europa. Esses nativos da Grã-Bretanha tinham o costume de celebrar, na noite de 31 de outubro, um festival chamado Samhain, que maraca o fim do Verão e a chegada do Inverno, um período difícil para os povos, por causa do frio e da escassez de alimentos.
Exatamente por isso, como presságio de mau-agouro, os celtas acreditavam que, na madrugada de 30 para 31, as almas dos mortos vagavam sobre a Terra, por causa do desaparecimento do véu entre o Além e o mundo real. Inclusive, em Supernatural, Samhain é representado por um poderoso demônio, uma metáfora que a série encontrou para retratar alguns dos rituais e dos tributos que os povos pagãos realizavam durante a noite mais macabra do ano.
Além de acender fogueiras para iluminar a noite fria e afugentar as almas dos mortos, os celtas tinham o costume de usar fantasias, especialmente máscaras ou pinturas faciais, com o intuito de “enganar” os espíritos e também as divindades por eles cultuadas, que podiam pregar peças nessa ocasião.
No seriado da Warner, por exemplo, Sam e Dan Winchester escapam de serem mortos por Samhain ao encharcarem o rosto de sangue, numa tentativa de se mascararem e continuarem vivos. Ou seja, eles literalmente se fantasiaram de mortos para escapar da morte!
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O festival de Samhain, também conhecido como Samonios na Gália, era celebrado em Gaels, nas antigas Ilhas Britânicas, onde hoje se encontram a Escócia e a Irlanda. Também conhecido como Halloween, Dia de Todos os Santos e Dia dos Mortos, o evento pagão significava também o início de um novo ano e foi incorporado pelas religiões cristãs com o passar do tempo. Não à toa, a Igreja Católica instituiu o Dia de Finados em 2 de novembro, uma data bastante próxima ao Samhain. No México, o “Día de los muertos” também é celebrado em 2 de novembro.
Hoje, é evidente, o costume de usar fantasias ultrapassou as crenças pagãs dos celtas e virou uma espécie de tradição, com pessoas aproveitando a data para homenagear personagens de filmes de terror, por exemplo. Contudo, é interessante saber a origem da herança cultural, pra você entender o significado por trás dos “mascarados” que você encontra por aí em época de Halloween – mesmo que eles mesmos não saibam! 😉