Polêmica: Pânico na Band é banido da CCXP após cobertura desrespeitosa do evento
Entenda o que aconteceu e por que discutir sobre a polêmica é importante.
Vamos começar com uma reflexão bastante simples: como você se comporta quando é visita na casa uma pessoa, principalmente se não é íntima dela? Respeito é o mínimo que se espera de você nessa situação. Aliás, não só nessa, como em todos os momentos da vida. Mas essa reflexão simples demonstra exatamente o que o programa Pânico na Band não teve ao fazer a cobertura da COMIC CON EXPERIENCE 2015 ( assista à matéria completa aqui ). Eles visitaram a casa dos geeks e dos cosplayers, e não demonstraram nem um pingo de respeito com os anfitriões .
“É com tristeza e um sentimento de desgosto, então, que assistimos à maneira como o programa Pânico na Band, incapaz de lidar com o diferente, traz para dentro da CCXP seus preconceitos de gênero e seu franco desrespeito, entrevistando cosplayers com grosseria”, diz trecho da nota oficial de repúdio à cobertura realizada pelo programa da Band, publicada na manhã desta segunda-feira, 7, no Omelete, que cuida da organização do maior evento de cultura pop da América Latina. Os repórteres enviados para cobrir o evento depreciaram o público, com chamadas do tipo “Aline seduz os nerds na feira”, como se eles fossem um bando de alienados sem vida social.
Além disso, as “piadinhas” feitas com cosplayers foram agressivas e vexatórias. Myo Tsubasa, que estava vestida de Estelar, de Os Jovens Titãs, levou uma lambida de Lucas Maciel, um dos humoristas do programa, e postou um desabafo nas redes sociais. “A criatura dá uma dedada na minha pele pra tirar minha tinta e, logo em seguida, mete a língua nojenta em mim. Me lambeu. Não tem palavras que descrevam o ódio e o nojo que me bateram na hora. Que coisa escrota, repugnante. Invasão de privacidade, falta de respeito”.
A nota de repúdio publicada pelo site Omelete também falou sobre esse episódio desrespeitoso em particular. “Não se trata aqui de discutir limites de humor(…) Pessoas aderem ao cosplay para se tornarem mais fortes, usando a interpretação e a confecção de seus trajes para lutar contra quadros de depressão, para manifestar sua sexualidade, para trabalhar sua autoestima, como um super-herói”, ressaltou.
Nas redes sociais, a repercussão da matéria também é bastante negativa:
o que mais me surpreendeu nesse caso de abuso da menina na CCXP foi o fato de que o programa pânico ainda existe
? Julha (@jcmoura_) December 7, 2015
Cara, que absurdo esse negocio do Pânico fazer reportagem na CCXP e o cara LAMBER a cosplayer
? Megazao (@Megazao_) December 7, 2015
não sei porque vocês estão surpresos com o que o panico fez com a cosplayer, programa que leva assédio como brincadeira não me surpreende
? rai (@raitwitta) December 7, 2015
ontem o pânico na band fez uma matéria super escrota zoando a galera que tava fazendo cosplay. esse pessoal acha q ofender é fazer piada…
? Tiago Lopes (@tiagolopesls) December 7, 2015
A organização da CCXP foi questionada sobre a cobertura realizada pelo programa e afirmou que “depois desse incidente lamentável, o Pânico na Band foi banido da CCXP 2015 e de todas as atividades organizadas a partir de hoje”.
Entrou na casa, deixou os anfitriões e os convidados desconfortáveis, os desrespeitou na cara dura e ainda achou que estava na melhor, quando, na real, estava só passando vergonha. Isso que é um verdadeiro pânico.
E você, está acompanhando a polêmica? Estava na CCXP? Qual é a sua opinião?