Pela primeira vez na história, Etiópia elege uma mulher como presidente
Além de comandar a Etiópia, Sahle-Work Zewde também se tornou a única mulher no cargo em toda a África atual.
Até por volta da década de 1980, a Etiópia, localizada no continente africano, era um dos países mais pobres do mundo, embora também seja um dos mais antigos na história da humanidade. Agora, pela primeira vez, o país vê uma mulher assumindo o cargo de presidente.
A diplomata Sahle-Work Zewde, de 68 anos, foi eleita em uma sessão de duas câmaras do Parlamento da Etiópia. A decisão aconteceu após a renúncia do antigo presidente, Mulatu Teshome, que estava no poder desde 2013. Ele devia permanecer no cargo até 2019, mas renunciou nesta semana sem dar explicações específicas sobre os motivos.
Sahle-Work Zewde, que era representante especial do secretário geral da ONU, Antônio Guterres, foi nomeada dias após a aprovação de uma reforma no gabinete do primeiro-ministro, Abiy Ahmed. Ele havia estabelecido que metade dos membros do seu gabinete deveria ser formada por mulheres.
“Precisamos nos tornar uma sociedade que rejeita a opressão das mulheres“, a nova presidente da Etiópia disse diante do Parlamento, após fazer o juramento do cargo. No país, contudo, a posição de presidente da República tem valores representativos, mas não poderes executivos como acontece no Brasil.
Ainda assim, é uma conquista histórica que deve ser celebrada – e servir como inspiração para outras mulheres que lutam diariamente na política brasileira e em outros países, mesmo em tempos difíceis.