Paratletas brasileiras são acusadas de abuso sexual por colega de time

Denúncia aconteceu dentro da seleção brasileira de Basquete em Cadeira de Rodas e uma das envolvidas no caso cometeu suicídio no mês passado.

Por Amanda Oliveira Atualizado em 31 out 2024, 10h37 - Publicado em 13 jun 2018, 17h44

Lia Martins, Denise Eusébio e Geisa Vieira, atletas da Seleção Brasileira de Basquete em Cadeira de Rodas, foram acusadas de abuso sexual por uma companheira de time. O caso aconteceu em fevereiro de 2017, mas somente agora a vítima relatou o ocorrido.

iStock/Reprodução

O abuso aconteceu depois de um treino no alojamento da equipe Gladiadoras/Gaadin (Grupo de Ajuda dos Amigos Deficientes de Indaiatuba), em Indaiatuba, no interior de São Paulo. De acordo com a vítima, que preferiu não ser identificada, as três atletas teriam retirado a colega de sua cadeira de rodas e abaixado suas roupas íntimas à força, enquanto ela estava no chão. Segundo a vítima, as atletas usaram um pênis de borracha para abusar sexualmente dela.

De acordo com o Globo Esporte, Gracielle Silva, coordenadora do time, aparece segurando a vítima no chão em imagens que circularam em grupos do WhatsApp. Segundo informações do site, Gracielle teria cometido suicídio no dia 29 de maio, após descobrir que haviam provas do crime.

Após denúncia, a Confederação Brasileira de Basquete em Cadeira de Rodas (CBBC) decidiu afastar as três jogadoras do esporte. Em nota oficial, a CBBC declarou: “em reunião decidimos pelo afastamento das atletas mencionadas, com o objetivo de resguardá-las e de garantir o direito de defesa, assegurando o tempo para esclarecimento e apuração dos fatos, dependendo do resultado poderão ou não voltar a defender nossa seleção”.

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Lia é o principal nome da modalidade de Basquete em Cadeira de Rodas no Brasil. Na reportagem do Globo Esporte, ela confirmou que o caso realmente aconteceu, mas que não havia má intenção. “Foi uma brincadeira de mau gosto e agora vai destruir a minha vida”, disse. No começo de maio, o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado, lamentou o ocorrido. “Isso é um caso que entristece o movimento paralímpico. O CPB tem um código de conduta que repele esse tipo de comportamento, estabelece regras e pune”, afirmou. Ele também afirmou que se for provada a culpa das atletas, elas serão punidas de forma exemplar e banidas do esporte.

Na próxima semana, a vítima deve passar por um exame psicológico a pedido de uma advogada criminalista e procurar as autoridades para saber que posição tomar a partir de agora.

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