Para a Sublinhando, exercer a criatividade é um processo de autocuidado

A criadora de conteúdo te convida a enxergar a criatividade fora do lado artístico, sob a perspectiva de algo que impulsiona sua essência e personalidade

Por Mavi Faria 26 abr 2025, 13h00
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os acessórios, na roupa, na maquiagem, no penteado, na decoração da casa, nas colagens, na nail art e nos vídeos e publicações feitas para as redes sociais, a característica que mais chama a atenção são as cores e a personalidade de Paty Leda, criadora de conteúdo mais conhecida como Sublinhando.

Com uma “alma artística”, presente segundo ela desde a infância e estimulada pela mãe, a influenciadora digital encontrou na criatividade sua própria forma de ser quem ela é, seguindo duas únicas regras: se sentir confortável e se sentir sendo ela mesma.

Mais do que isso, cultivar a criatividade por meio de hobbies passou a ser um processo terapêutico e de autocuidado. Em entrevista à CAPRICHO, Leda contou que, ainda na pandemia, assistiu a si mesma enquanto se tornava mais introspectiva – movimento muito normal dada a situação de extrema emergência – e sentia, cada vez mais, a necessidade de um hobby.

“Uma das coisas que eu mais amava fazer na época era fazer o meu diário, que eu era tipo o meu journal. Eu colocava muita foto, fazia colagem e eu compartilhava muito desse processo no meu canal. Acho que foi um período de me reencontrar”, afirma.

Logo após o fim do isolamento social, ela foi convidada a apresentar o programa Art Attack, no Disney Plus, que, para ela, representou “uma confirmação de tipo ‘nossa, você tá no caminho certo, as coisas que você faz,  tem um um lado mais sério, dá para você encarar isso como uma profissão”.

Atualmente, o journal deu lugar ao planner, ainda sendo um espaço que reúne fotografias e lembranças de passeios – no estilo junk journal – e ainda um processo de autocuidado. “É um momento muito eu comigo mesma, eu amo, coloco uma música, espalho tudo pela mesa, coloco todos os guardanapinhos que eu peguei, o ingresso do parque que eu fui, e vou colando. É muito terapêutico para mim, acho que é uma das coisas do cotidiano, todo dia eu estou escrevendo no meu planner.”

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Além disso, Leda também revela que o momento de fazer sua nail art também é um de “autocuidado”, em que “minha cabeça fica livre, eu consigo colocar em prática coisas que eu gosto”. Separar um momento para você curtir a sua própria companhia, cultivando um hobby que gosta é uma ação que melhora a saúde mental, impulsiona o autoconhecimento e ainda estimula a criatividade – sensação também descrita pela criadora de conteúdo.

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“Eu começo qualquer coisa querendo ser a melhor naquilo”

Estar com a mente livre e calma é tão importante para ter ideias novas e exercitar a sua criatividade, quanto não ter medo de errar e de experimentar o desconhecido.

Com as redes sociais, os hobbies se diversificaram e se tornaram produto de fácil acesso, compartilhado por diversas pessoas em suas redes sociais. Por um lado, é instigante assistir outras pessoas evoluindo em seus respectivos hobbies; por outro, lidar com a comparação e com a perfeição ainda é uma realidade que a própria Sublinhando enfrenta: “Eu começo qualquer coisa querendo ser a melhor naquilo, né?”, afirma de forma leve.

É muito natural, a gente tem muito medo de começar, de dar o primeiro passo e fazer algo que nunca fez antes. E senti que no programa [Art Attack] eu era muito incentivada a fazer sem medo de errar e, se errasse, tinha outro caminho que podia consertar e começar do zero, e acho que hoje em dia isso permeia minha vida.

Paty Leda, mais conhecida como Sublinhando
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Mesmo sem uma fórmula mágica que espante este tipo de pensamento, ela tenta lembrar a si própria de que “a gente não precisa ser bom em tudo também, muito menos precisamos ser bons nos hobbies que a gente faz”, inclusive você, tá? A ideia do junk journal, por exemplo, caminha nessa difereção: Um hobby que não existe ser bom ou ruim. Já pensou em dar uma chance para ele?

“Tá tudo bem, a gente tá começando. Às vezes é só pra gente extravasar, e eu acho que explorar e testar coisas novas, entender se de fato aquilo é para você, é uma das maiores dicas”. A criadora de conteúdo brinca que, às vezes, “tem coisa que a gente sabe que não gosta e fica insistindo” e que isso não funciona – na verdade, te afasta de encontrar um hobby que realmente faça sentido para você.

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“Pega, tenta, testa. Se não for para você, passa para a frente, tenta outra coisa. Tem cerâmica, tem journal, tem colagem, tem customização de roupa, tem costura. Tem muita coisa para a gente explorar e é muito bom para desligar a mente e ser ativa.

O caminho para a paz e para a proteção contra comparações e medos, ainda trilhado por Paty Leda, passa pelo encontro com sua própria essência, o que ela define com muito carinho como sendo “uma das coisas mais legais de você ser uma pessoa criativa, ser um artista”.

“Às vezes, a gente se compara muito com o processo  ou com o resultado final da outra pessoa, mas o que mais vai te diferenciar dos outros é a sua essência, é o que você coloca no seu processo, é o jeito que você faz aquela coisa. É o seu jeito que vai transformar aquilo numa coisa única“.

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Outro pensamento que a ajuda a mudar de foco é lembrar que, algo que, para ela, não ficou, pode ser incrível para alguém que está começando – e todos nós já passamos e vamos passar por esse início em algum momento.

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A criatividade é uma escolha diária

Sem medo de dar o primeiro passo e sem regra para suas ideias, Sublinhando vive a vida com a criatividade sendo uma escolha diária, implantada na essência de tudo o que ela faz – e não só no quesito hobbies e atividades artísticas, tá?

“A criatividade não se limita ao lado artístico. Ela está nas pequenas coisas e escolhas que a gente faz no nosso dia a dia, seja escolhendo o que vestir, a maquiagem, os acessórios; em tudo isso você está sendo criativo”.

É normal surgir medo quando a vontade é misturar estampas e texturas não tão casuais, por exemplo, mas, por experiência própria, Leda defende que se sentir confortável e confiante com as próprias escolhas é mais importante do que qualquer opinião externa.

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Ela brinca, por exemplo, sobre alguns comentários que recebe de seguidores que questionam como ela consegue misturar tantas cores e estampas, já que, para a seguidora, a cor preta é mais fácil porque combina com tudo. A resposta, para a criadora de conteúdo, é simples: “Eu não consigo me vestir toda de preto porque eu sinto que eu não tô sendo eu”, e esse já é motivo suficiente para você não dar ouvidos à opiniões externas.

“Quando você entende o que que faz você ser você, tudo fica mais leve, sabe? Você não tem essa questão de olhar para fora, ver o que as pessoas estão falando. Eu tô super bem comigo mesma, eu tô me sentindo eu. É isso, acho que esse é o caminho, e esse é o segredo”, finaliza.

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