Comportamento

Página ‘Meu Professor Abusador’ denuncia abusos em salas de aula

Em uma semana, já foram publicados 500 relatos e muitos outros ainda estão na fila.

Por Da Redação Atualizado em 1 nov 2024, 13h50 - Publicado em 16 fev 2016, 15h53

Uma iniciativa de três estudantes, que recordam olhares constrangedores e comentários inconvenientes na época da escola, pretende denunciar casos de assédio enfrentados por muitas meninas em salas de aula . Para isso, elas criaram a página Meu Professor Abusador, onde publicam, anonimamente, relatos que recebem sobre alunas que sofreram abuso de professores. Em apenas três dias, receberam mais de 600!

As denúncias vão de humilhação verbal a pedidos de sexo em troca de nota e, assustadoramente, muitas envolvem meninas menores de idade. “Homens sempre tiram proveito de suas posições de poder, professores não são exceção. E eles o fazem porque não contam com nosso revide”, a página descreve. O objetivo é chamar atenção para o problema recorrente e mostrar para garotas que já sofreram esse tipo de assédio que elas não estão sozinhas .

Os relatos podem ser enviados através de um formulário ou por mensagem na própria página. Para evitar possíveis ações judiciais, no entanto, são impostas algumas restrições: não se deve revelar nome do professor ou dar muitas informações que não deixem dúvidas quanto a identidade dele. A partir de então, cabe às instituições em questão identificá-los e, então, apurar cada denúncia.

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Outro ponto importante dessa iniciativa é que as meninas podem encontrar ajuda online, não só de outras vítimas, como de uma advogada, para orientar as meninas que queiram denunciar formalmente os abusadores.

As fundadoras não se identificam, mas recebem ameaças. Estranhamento, muitos professores têm se reunido para tentar derrubar a página (quem não deve, não teme). Por isso, elas pedem para que as pessoas usem a hashtag #MeuProfessorAbusador e ajudem a espalhar o movimento, dando mais visibilidade a ele. Afinal, é um assunto seríssimo e criminoso, que não deve ser deixado de lado. O escândalo é livre e a internet pode ser uma grande aliada!