O que são? Por que existem? Saiba tudo sobre coletivos feministas em faculdades
Esta é a primeira matéria da série especial Coletivos Feministas. Uma por todas, todas por uma!
Os coletivos feministas existem em várias esferas, mas costumam chamar mais atenção dos jovens quando ingressam nas universidades, onde a presença desse tipo de grupo é cada vez mais reconhecida. Hoje, eles já estão sendo formados até por alunas em suas escolas de ensino médio. Conversamos com a Luisa Scherer, do Coletivo Jornalismo sem Machismo (UFSC) e com a Julia Dolce, do 3 Rosas (PUC-SP), que nos ajudaram a montar esse guia sobre os coletivos feministas.
1. O QUE SÃO OS COLETIVOS FEMINISTAS?
Luisa Scherer conta que os coletivos são grupos de mulheres feministas que pensam em ações para impactar a sociedade, ou o meio em que estão inseridas, de modo que ajude e dê visibilidade à luta das mulheres. Julia Dolce completa dizendo que eles buscam levar a militância feminista para o dia a dia através de ações políticas. “Também é um espaço de conversa e acaba virando um espaço de terapia no sentido de desconstruir o machismo diário e de construir um empoderamento”, destaca a estudante.
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2. O QUE ELES FAZEM?
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Geralmente, alguns membros dos coletivos costumam se reunir semanalmente para conversar, além de discutir e planejar ações, como a Julia explica: “quando não são conversas teóricas para o entendimento das próprias meninas, os coletivos feministas tentam fazer ações políticas, como comparecer em protestos e atos”. A Luisa também lembra que eles realizam desde rodas de conversa, palestras, grupos de leitura e festas até apoio a vítimas que sofreram algum tipo de opressão por serem mulheres.
3. QUAL É A IMPORTÂNCIA DELES?
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“A troca de experiências e a empatia que rola dentro dos coletivos faz com que cada participante se sinta amparada e empoderada“, destaca Luisa. Além disso, ela lembra que nas universidades, onde os casos de abuso entre professores e alunas são mais recorrentes do que imaginamos, um coletivo é superimportante e, às vezes, acaba fazendo mais pela vítima do que a própria ouvidoria da instituição. Julia também salienta o fato de que os coletivos têm reunido muitas meninas jovens e inserido elas na luta feminista desde cedo. “Isso é muito importante, porque eu acredito que quanto antes você se reconhece como feminista, mais fácil você consegue lidar com várias situações da sua vida”, afirma.
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4. QUE TIPOS DE AÇÕES ELES REALIZAM?
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O Coletivo Jornalismo Sem Machismo, do qual Luisa faz parte, realizou recentemente o Sarau das Mina, em que meninas se apresentaram tocando e cantando. “Acho que foi o primeiro momento de empoderamento olho no olho”, ela lembra. As meninas do coletivo ainda organizaram uma mesa de debate sobre machismo na mídia, durante a semana de jornalismo da UFSC. Três convidadas de realidades completamente diferentes falaram sobre como o machismo afeta o trabalho das mulheres que atuam no mercado da comunicação. “A CAPRICHO, inclusive, esteve presente e participou do debate!”, lembra a estudante.
Já o 3 Rosas, da PUC-SP, promoveu uma oficina de autodefesa com uma mulher que é federada em artes marciais, em que as meninas aprenderam táticas básicas para se defenderem em situações de assédio ou estupro. “Foi muito importante porque teve uma adesão gigantesca”, Julia conta. Ela também achou importante o fato de o coletivo ter feito e distribuído cartõezinhos divulgando o coletivo e que apresentavam, no veso, números importantes para as mulheres ligarem em casos de assédio ou violência.
E você, já tinha ouvido falar sobre coletivos feministas em faculdades? Eles também estáo presentes em escolas. Na próxima matéria da série Coletivos Feministas, você vai saber mais sobre eles. Fique ligada!
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