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O que Para Todos os Garotos 2 nos ensina sobre relacionamentos saudáveis

A gente tenta se blindar dessas 7 coisas, mas a verdade é que não deveríamos ter tanto medo assim delas...

Por Isabella Otto Atualizado em 31 out 2024, 00h37 - Publicado em 16 fev 2020, 10h02

A sequência de Para Todos os Garotos que Já Amei, PS: Ainda Amo Você, estreou na Netflix no último dia 12 e, assim como fizemos com o primeiro filme da trilogia, listamos uma série de coisas que aprendemos com Lara Jean (Lana Condor), Peter Kavinsky (Noah Centineo) e companhia no segundo filme da saga inspirada nos livros de Jenny Han.

1. Ser precavida é diferente de ter medo de sentir
Durante seu primeiro encontro oficial, Lara Jean tem um momento de incerteza e insegurança em que se questiona sobre o futuro da relação com Peter Kavinsky. Quando já sofremos muito por amor, a tendência é que a gente use todos os traumas do passado para criar uma parede imaginária forte e robusta que nos protegerá, na teoria, de qualquer coisa. Não é bem assim. Até a mais resistente das barreiras pode ser derrubada. Dizem que mergulhar de cabeça em relacionamentos pode ser perigoso, mas ser precavida demais pode ser tão perigoso quanto. O motivo é simples: o amor não permite precauções em excesso. A paixão, muito menos! Tentar se proteger disso e sentir medo do futuro, que é tão incerto, é deixar de se permitir viver coisas das quais pode se arrepender depois. Afinal, qual é o sentido da vida senão sentir e se relacionar com outras pessoas e aprender com elas?

Netflix/Reprodução

2. Cada pessoa é um ser individual antes de tudo
Em um relacionamento, qualquer que seja ele, é importante lembrar-se sempre de que cada um de nós é um ser humano único, uma peça solta, um ser individual. Isso ajuda a entender as particularidades e manias de cada um, e também deixa claro que nem sempre é possível tomar decisões e fazer coisas em conjunto. Compreender isso traz mais leveza e confiança ao relacionamento – não o contrário, como muitos pensam. Na hora de escolher o voluntariado de ensino médio para fazer, Peter tinha traçado um plano na sua cabeça e Lara Jean outro completamente diferente. Ambos decidem fazer concessões, mesmo que a iniciativa tenha sido tomada por LJ, para o bem do casal. Ninguém nasce grudado, por mais que, às vezes, seja uma delícia ficar grudadinho, bem juntinho e apertadinho. Amor tem tudo a ver com liberdade e com entender que o outro tem seu espaço.

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3. Nosso cérebro, às vezes, cria histórias que não existem
Sabe as famosas fanfics? Pois é. Essas peças que o cérebro nos prega nem sempre são reais, por mais que a gente tenha a sensação de que é o nosso sexto sentido apitando. Às vezes, é só uma crise de ciúme e/ou insegurança com nós mesmas que depositamos em cima do outro, que pode não entender nada do que está acontecendo. Peter Kavinsky é o popular do colégio. As meninas sonham em ficar com ele, e muitas até investem nesse desejo, mas não significa que ele corresponda a essas investidas. A real é que a gente, vez ou outra, entende tudo errado mesmo! Para evitar desentendimentos, paranoias e sofrimentos desnecessários, a melhor coisa é conversar. Nenhum conversa é besta se tê-la for te fazer sentir-se bem.

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4. Faz parte da vida ter o coração machucado
A gente tem muito medo de sofrer. E quanto mais o tempo passa, parece que mais a gente se ilude e mais sente medo de se machucar de novo e de novo e de novo. Daí o que a gente faz? Para de sentir, se convence de que não nasceu para relacionamentos, que não é merecedora de uma relação saudável com uma pessoa incrível, que é melhor nem tentar porque nunca dá certo mesmo. Faz parte da vida quebrar a cara, ter o coração partido em mil pedacinhos e depois remendá-lo até ficar novo. Só que a gente vive em um mundo já tão turbulento, com tanto sofrimento, com uma saúde mental tão abalada, que evitamos ao máximo sofrer – e até entendemos que sofrer não é bom. Mas é inevitável. E bom, por que não admitir? Uma pessoa que nunca sofreu é uma pessoa que nunca viveu ou que não sente nenhum tipo de empatia. Como isso pode ser positivo?! Sábia e icônica Stormy…

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5. Cada relacionamento tem seu tempo de acontecer
Não é porque algumas pessoas ficam, namoram, noivam e se casam em menos de um ano que isso vai acontecer com você. Assim como não é uma regra ter que ficar não sei quantos meses para só então começar a namorar e, aí sim, após determinado número de anos, noivar, se casar e ter filhos. Não tem tempo nem idade delimitada, porque cada um tem seu tempo e precisa conhecer seus próprios limites. Pressionar o outro a fazer algo que não deseja é tão errado quanto se submeter a algo que não quer apenas para agradar a essa pressão alheia. Seja você e respeite o “ser” do(s) outro(s).

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6. É normal se sentir confusa com relação aos próprios sentimentos
Mesmo quando amamos alguém, temos altos e baixos com relação a nós mesmas e ao outro. Picos de “amo muito” e “não quero ver nem pintado de ouro” são normais, viu? Envolve fases da vida, hormônios, astros, um montão de coisas! Por isso, não se culpe caso se sinta confusa com os próprios sentimentos. Só tente entender as motivações disso. Muitas vezes, elas são internas e vêm de questões mal resolvidas com nós mesmas. Outras, é claro, têm a ver com fatores externos que precisam ser discutidos. O entendimento pessoal é um processo, assim como a autoestima, o empoderamento, a aceitação… Somos todas Lara Jean! 😉

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7. Todos têm o seu jung
As pessoas formam conexões indestrutíveis ao longo da vida, de amor, amizade, trabalho… É claro que essas conexões tendem a ser mais fortes quando o emocional é envolvido. Por exemplo, quando namoramos uma pessoa por anos e essa relação (saudável, é claro) chega ao fim, mesmo que ela tenha terminado com um baita desentendimento, ainda é possível sentir um carinho pelo outro ou, no mínimo, pela história que vocês viveram. Esse jung pode nos deixar inseguras, pensando se com a outra pessoa era mais divertido, mais dinâmico, mais intenso… E se a gente entrar nessa paranoia, não há saúde mental que aguente! É importante entender que, por mais que essas conexões persistam, elas nem sempre continuam as mesmas. Não dá para apagar um jung, mas dá para aceitar que a pessoa tem uma bagagem de vida e que ela só é quem é hoje justamente por causa dela.

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