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O que é lipedema? Veja os sintomas, tratamentos e como funciona a cirurgia

Influenciadora Karen Bachini contou recentemente sobre seu diagnóstico de lipedema, doença crônica confundida com obesidade e que gera várias dúvidas

Por Juliana Morales Atualizado em 29 out 2024, 18h08 - Publicado em 10 nov 2023, 16h41

Recentemente, a influenciadora Karen Bachini contou que, após anos tentando entender o que tinha de errado com suas pernas, recebeu o diagnóstico de lipedema. O inchaço excessivo na região dos joelhos e tornozelos, que causava dores, hematomas e insegurança em relação a sua imagem, foi por muito tempo confundido com obesidade. Mas, por mais que ela emagrecesse, não conseguia de jeito nenhum perder gordura daquela região em específico.

Esses são sinais clássico de lipedema, doença crônica que acomete 12% das brasileiras, segundo um estudo publicado na revista científica Jornal Vascular Brasileiro. Diferente da obesidade, em que a a gordura tende a ser distribuída de maneira mais uniforme no corpo, nessa patologia, o acúmulo de gordura acontece em partes específicas do corpo, sendo mais comum nas pernas, como explica Cynthia Mendes, Cirurgiã Vascular e Endovascular do Einstein.

“O lipedema não é causado por gordura e, sim, por conta de um problema nos vasos linfáticos”, diz a especialista, que ressalta que os sintomas mais frequentes são sensibilidade ao toque, equimoses frequentes (manchas roxas), sensação de cansaço e inchaço nas pernas.

Quais são os fatores de risco do lipedema?

A médica explica que a doença tem causas genéticas e hormonais, sendo mais comum em mulheres em idade reprodutiva. “Os sintomas podem iniciar em momentos de grande variação hormonal como puberdade, gravidez e menopausa”, diz Cynthia.

As causas exatas ainda são desconhecidas, de acordo com a especialista, mas acredita- se que exista uma predisposição hereditária.

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Qual médico procurar quando suspeitar de lipedema?

Se você suspeita que tem lipedema, um médico cirurgião vascular pode te ajudar nesse diagnóstico, uma vez que vários outros problemas circulatórios podem ser confundidos com lipedema.

O diagnóstico do lipedema é clínico e não existe um exame específico que vai definir se um paciente tem lipedema ou não. Entretanto, o ultrassom pode ajudar na diferenciação com outros problemas”, esclarece Cynthia.

Quais são os tratamentos possíveis?

A especialista afirma que o lipedema não tem cura, mas os tratamentos existentes atualmente melhoram bastante os sintomas e a qualidade de vida das pacientes. Ao descobrir o diagnóstico, o paciente deve começar um tratamento clínico, que inclui dieta adequada, perda de peso, realização de atividade física regular, fisioterapia a depender do caso e drenagem linfática.

Como explica o post do Instituto Lipedema Brasil, o lipedema muitas vezes está associado à frouxidão ligamentar dos joelhos e tornozelos, então “uma boa opção são exercícios de baixo impacto, por exemplo, exercícios aeróbicos, fortalecimento muscular, alongamento e aquáticos”.

Como é feita a cirurgia de lipedema?

A cirurgia de lipedema consiste em uma lipoaspiração, para retirar o tecido gorduroso doente.  “A intervenção cirúrgica normalmente é reservada para estágios mais avançados da doença ou para casos que não respondam adequadamente ao tratamento clínico”, explica Cynthia.

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