ocê já ouviu falar em fisting? O termo se tornou um dos mais comentados nas redes após o ator José Loreto comentar no programa ‘Surubaum’ que já realizou a prática e não achou legal. Com apresentação de Giovanna Ewbank e de Bruno Gagliasso, Loreto compartilhou uma experiência onde uma mulher solicitou que ele inserisse quatro dedos e até a mão inteira em sua região íntima.
“Teve um momento que me vi com a mão fechada… Ao mesmo tempo, foi legal porque ela muito dominante, mas eu com tesão zero. Não gostei”, confessou o ator no programa. A prática de enfiar parte da mão, ou todo o punho, nas áreas sexuais, descritas pelo ator, são conhecidas como fisting, e, embora Loreto não tenha gostado e nem sentido mais tesão, a prática é bem popular entre uma galera.
O que é fisting?
O termo fisting deriva do inglês ‘fist’, que significa punho. Logo, fisting seria como a introdução da mão ou do punho até o antebraço na vagina, no fisting vaginal, e no ânus, no fisting anal.
Pode parecer estranho, mas a prática é mais comum do que se imagina. Segundo o médico Vinícius Lacerda, especialista em saúde para o público LGBTQIAPN+, o fisting é praticado por 3 a 7% de homens cis gays e bissexuais. Mesmo assim, alguns cuidados são vitais para a segurança do fisting, em especial por ser uma prática extrema que pode causar danos à saúde.
O médico explica em vídeo nas redes sociais que o lubrificante é um dos principais cuidados necessários na prática do fisting, assim como a utilização de luvas para evitar a contaminação com alguma IST (infecção sexualmente transmissível) ou com fezes, no caso de fisting anal.
Além disso, Vinícius alerta que, no fisting, é importante reconhecer os seus limites e respeitar os sinais de dor do seu corpo. A prática costuma exigir um relaxamento da musculatura do ânus que nem todas as pessoas conseguem ter por não ser simples de atingir. Quando o fisting é realizado sem esse devido cuidado, ocorrem lacerações e fissuras anais, alguns dos riscos da prática.
Então, existem riscos no fisting?
Sim, em especial se realizada de forma inadequada, podendo causar fissuras no ânus, lacerações anorretais, perfuração do intestino grosso e, em casos mais graves, pode precisar de cirurgia e até da inserção da bolsa de colostomia no paciente. Além disso, o médico lembra que o prolapso retal também é um indicador ruim de saúde e pode levar à incontinência fecal.