O que é emetofobia, que fez Bella Ramsey não sair de casa por meses
Intérprete de Ellie, em The Last of Us, desabafou sobre a luta contra a emetofobia, que começou na infância e já a dominou ao ponto de não sair de casa

á imaginou ter uma fobia tão intensa que a paralise ao ponto de não conseguir sair de casa? Bella Ramsey, que dá vida a personagem Ellie em The Last of Us, desabafou sobre uma fobia rara que enfrenta desde a infância e que já a fez não sair de casa por meses, a emetofobia.
O relato de Bella foi feito ao podcast The Louis Theroux, em episódio divulgado nesta semana. Nele, ela conta sofrer com a emetofobia, um medo raro e intenso de vomitar ou de ver outras pessoas vomitando que começou ainda na infância, quando, na creche, o vômito de outra criança acabou espirrando nos sapatos de Bella.
Ela relata que embora o momento tenha sido engraçado, a cena se tornou uma preocupação constante. “Desde então, cada lembrança que tenho de vômito me assusta. Mesmo agora, consigo me lembrar de qualquer momento em que alguém se sentiu mal ou passou mal na minha presença“, conta. A fobia se tornou tão intensa que a atriz já chegou a ficar meses dentro de casa pelo medo de que alguém vomitasse perto dela – ou nela – novamente, ou de que ela própria passasse mal.
Pode parecer um medo irracional e a própria Bella concorda com isso, ao mesmo tempo que não consegue evitar. “Eu tinha plena consciência de quão irracional era, e pessoas com emetofobia frequentemente descrevem a mesma coisa. Logicamente, não é algo para se ter medo“, explica.
Aos 21 anos, Bella é mais um caso de pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) que são diagnosticadas tardiamente. No seu caso, foi durante as filmagens da primeira temporada de The Last of Us, entre 2021 e 2022. A atriz descreve o diagnóstico como “libertador e muito útil” e, mesmo não justificando a emetofobia, a ajudou a compreender melhor suas experiências enquanto crescia – incluindo as da fobia.
“Nem todas as pessoas com autismo ou no espectro autista têm emetofobia, mas quando recebi esse diagnóstico, grande parte da minha vida fez sentido, e muitas das minhas experiências de crescimento também. Ter essa compreensão me ajuda todos os dias“, relata.
Você já tinha escutado falar sobre emetofobia antes?