O que é a COP, para que serve e por que o Brasil sediar faz diferença

Pela primeira vez na história, o evento mais importante sobre o meio-ambiente é realizado no Brasil.

Por Da Redação Atualizado em 13 nov 2025, 13h20 - Publicado em 6 nov 2025, 09h25
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uando se fala em crise climática, às vezes parece que estamos assistindo algo que só acontece “lá fora”. Mas a verdade é que as decisões tomadas na COP, sigla para Conferência das Partes da UNFCCC (Convenção‑Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), reverberam direto aqui na nossa casa, na nossa rua, no nosso futuro.

A cada ano, representantes dos países que assinam a participação no evento se reúnem para a COP – é como se fosse um super encontro global de líderes pra revisar o que cada nação está fazendo para diminuir o aquecimento global, definir metas, negociar ajuda financeira, inovações tecnológicas para o clima e combinar como vamos viver num planeta que já está mais quente.

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O resumo é: a COP serve para conectar ciência, política e ação concreta em escala mundial. E não é só papo: foram nessas reuniões que surgiram acordos como o Acordo de Paris, que é super importante e será revisado esse ano, já que quase nenhuma meta foi cumprida. Pois é.

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Por que o Brasil sediar importa (e muito)

Quando o Brasil assume o palco da COP, o foco vira pra cá — e isso abre portas para colocar nossos biomas, nossos povos, nossas culturas na linha de frente da discussão global. Em um país que abriga boa parte da Amazônia, do Cerrado e da Mata Atlântica, sediar o evento é um sinal de liderança e também de responsabilidade.

O evento acontece em Belém (PA), no meio da Amazônia, e pode jogar luz para nossos desafios e possíveis soluções. Especialistas afirmam que essa é uma oportunidade de mobilizar jovens, periferias, comunidades tradicionais — que são parte essencial da mudança.

Além disso, também é oportunidade para fazer pressão para que o país traduza esses acordos gigantescos em ações reais por aqui. Ou seja: não é só presentar o palco, é entregar a cena.

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As principais pautas deste ano são:

  • Financiamento climático justo: quem vai pagar as contas? Países mais ricos precisam assumir mais — e isso é um dos debates centrais recentes.
  • Proteção e restauração de biomas: florestas, savanas, mangues — dar vida ao verde ainda em pé é urgente.
  • Diário do Nordeste Justiça climática: mudança de clima afeta mais quem já sofre com desigualdade — e isso precisa entrar nas decisões.
  • Transição energética e infraestrutura limpa: trocar  exige combinar política, tecnologia e vontade real.
  • Participação da juventude e comunidades vulneráveis: não basta decidir no topo, é preciso ouvir quem está sentindo a crise de perto.

Com o Brasil na mesa principal de decisão, a expectativa é que não sejam só promessas. E pra você que está lendo esse assunto importa porque cada chuva intensa, cada onda mais alta, cada verão escaldante ou floresta que some atinge a sua vida também. A COP serve pra que a gente fale, decida e aja junto enquanto sociedade.

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