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O erro que é a tag #BielGostosinhaÉSuaIrmã

É aquela coisa: olho por olho e o mundo acabará cego.

Por Isabella Otto Atualizado em 24 ago 2016, 12h42 - Publicado em 14 jun 2016, 14h10

No começo de junho, Biel foi acusado de assédio por uma repórter brasileira, que alegou que o cantor a assediou durante uma entrevista com comentários do tipo: “gostosinha” e “te quebraria no meio”. O caso repercutiu na internet e o artista chegou a publicar um vídeo em seu canal do YouTube pedindo desculpas pela atitude e afirmando que ele aprendeu com o erro.

O assunto parecia ter esfriado com as novas tristes notícias que infelizmente ganharam a mídia nos últimos dias. Um massacre em uma boate de Orlando, o assassinato de Christina Grimmie… Como se todas essas atrocidades já não fossem o bastante, alguns usuários do Twitter acharam que seria legal subir a hashtag #BielGostosinhaÉSuaIrmã e dar uma “lição” no músico.

Tweets como “Será que agora esse menino aprende a ser homem?” e “Vamos assediar a irmã dele para ele sentir na pele” pipocaram na rede social. Muitos deles, inclusive, feito por garotas que, descaradamente (e talvez sem entender a contradição) assediavam outra garota. No caso, a irmã de Biel. Errado. Muito errado.

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Combater assédio com assédio é uma das coisas mais absurdas, contraditórias e hipócritas que alguém pode fazer. É contribuir com a cultura do estupro. Não é dessa forma que ensinamos pessoas a serem seres humanos melhores e lutamos por um mundo melhor. Pagar na mesma moeda não é nunca uma solução inteligente. Só traz mais ódio e sujeira. 

Felizmente, logo muitos usuários perceberam o erro da hashtag e se manifestaram.

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Muitos ainda tentaram justificar a tag dizendo que ela “não tinha a intenção de incentivar o assédio, só de fazer uma crítica”. O único conselho que podemos dar para tais pessoas é:

 

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