O app criado para proteger mulheres, mas que acabou expondo muitas delas

Um ataque hacker vazou dados de usuárias cadastradas no Tea, um aplicativo para mulheres alertarem outras mulheres sobre homens problemáticos

Por Da Redação Atualizado em 25 ago 2025, 16h22 - Publicado em 25 ago 2025, 13h00
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 Tea se tornou um dos aplicativos mais baixados dos Estados Unidos, ao criar um espaço para mulheres se ajudarem a se proteger de homens cheios de red flags. Criado em 2023, o app permite que as usuárias avaliem suas experiências com homens que elas saíram e alertem outras mulheres sobre comportamentos problemáticos que eles tiveram , para que evitem de serem as próximas vítimas.

Na plataforma, usada em paralelo aos apps de relacionamento, ainda é possível checar antecedentes criminais e fazer pesquisas sobre homens a partir de suas fotos e seus números de telefones.

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Para entrar no aplicativo, exclusivo para mulheres, é preciso apresentar selfie, data de nascimento e localização antes de confirmarem o cadastro. As avaliações e comentários feitos na plataforma são anônimos e as incluindo identidades e selfies de usuários que deveriam ter sido usadas apenas para fins de verificação e foram “apagadas imediatamente”.

Acontece que, no fim do mês passado, o aplicativo sofreu um ataque hacker e mais de 70 mil imagens de mulheres que haviam se cadastrado no Tea foram vazadas. Em um segundo ataque, também foram divulgadas mensagens entre as usuárias, contendo mais dados sigilosos. O vazamento foi aproveitado por grupos misóginos online e, em poucas horas, vários sites foram criados para humilhar as mulheres que se cadastraram.

Uma das mulheres que teve seus dados vazados do Tea relatou à BBC que seu endereço apareceu em dois mapas, hospedados no Google Maps, que supostamente representavam a localização de mulheres que se inscreveram no Tea. Com isso, seu endereço estava exposto nos mapas divulgados e ela contou que ficou muito assustada e preocupada que seu ex-parceiro perseguidor pudesse encontrá-la.

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De acordo com a plataforma, eles estão trabalhando para obter, inclusive com o FBI, para obter mais informações sobre os ataques e garante que vão oferecer suporte para as mulheres que tiveram suas identidades reveladas.

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