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#‎meuamigosecreto compartilha a tag no Dia do Combate à Violência Contra a Mulher. Mas isso basta?

Não.

Por Isabella Otto Atualizado em 4 nov 2024, 13h39 - Publicado em 25 nov 2015, 12h15

Antes de começar, sugerimos que você faça o teste de audição abaixo. É bem rapidinho!

O “Teste Auditivo 3D” é, na verdade, uma campanha organizada pelo Sistema Jornal do Commercio, que alerta para os contantes casos de violência contra a mulher que poderiam ser evitados, caso as pessoas não se fingissem de surdas e denunciassem anonimamente os criminosos. A campanha é de 2014 e foi resgatada agora, com a proximidade do dia 25 de novembro, Dia Internacional do Combate à Violência Contra as Mulheres .

De acordo com um levantamento realizado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), no Brasil, entre os anos de 2001 e 2011, cerca de 100 mil mulheres foram mortas. Ou seja, de acordo com a estimativa, estima-se que ocorreram 10 mil mortes por ano. Dez. Mil. Mulheres. Mortas. A cada 11 minutos, uma mulher é estuprada no país, segundo pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública .

Em contrapartida, a Lei Maria da Penha, que deveria proteger as vítimas de violência doméstica e familiar contra a mulher e punir os agressores, não apresentou impacto relevantes. ” A violência contra a mulher compreende uma ampla gama de atos, desde a agressão verbal e outras formas de abuso emocional, até a violência física ou sexual (…) Assim, destaca-se a necessidade de reforço às ações previstas na Lei, bem como a adoção de outras medidas voltadas ao enfrentamento à violência contra a mulher, à efetiva proteção das vítimas e à redução das desigualdades de gênero no Brasil”, concluiu Leila Posenato, Lúcia Rolim, Gabriela Drummond e Doroteia Höfelmann, responsáveis pelo levantamento “Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil”, do Ipea.

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E o que o #‎meuamigosecreto tem a ver com tudo isso? Apostamos que você conhece, mesmo que virtualmente, algum homem que se diz feminista, mas, na primeira oportunidade, compartilha fotos de mulheres em situações vexaminosas, faz piadinhas machistas, entra em disputas bestas para ver quem pega mais mulher na balada e/ou pede para a namorada tirar o batom vermelho ou botar uma roupa decente. Certo? E é exatamente por isso que a hashtag foi criada: para denunciar casos de violência contra a mulher, machismo – enrustido ou não – e abusos do dia a dia, que podem nem parecer abusos, mas são.

Veja alguns exemplos:

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#meuamigosecreto diz que apoia o #GirlPowerCH, mas capricha nas cantadas invasivas. Assim não dá para te defender, migo.

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