Meryl Streep e outras mulheres roubam a cena no Globo de Ouro

Com discursos empoderadores, as atrizes mostram que o talento de sobra que têm vai muito além dos filmes e seriados. Maravilhosas!

Por Isabella Otto Atualizado em 31 out 2024, 22h23 - Publicado em 9 jan 2017, 13h34

A cerimônia do Globo de Ouro 2017 aconteceu na noite do último domingo, 8, na Califórnia, Estados Unidos, e teve momentos maravilhosos! A rainha atriz Meryl Streep, vencedora do prêmio Cecil B. DeMille, pelo conjunto da obra, mais uma vez emocionou a todos com o seu discurso. Aos 67 anos, a talentosa norte-americana aproveitou o espaço de fala e o tempo que tinha para fazer um pronunciamento anti-Donald Trump, atual Presidente dos EUA.

Trump ficou conhecido por sua rígida posição contra estrangeiros em seu país. Meryl usou então o fato de os principais indicados da premiação serem estrangeiros, e não cidadãos americanos, para atacar o presidente e sua linha preconceituosa de raciocínio. “Hollywood está repleta de forasteiros e estrangeiros, e se você nos chutar para fora, não terá nada para assistir, exceto futebol e MMA(…) Houve uma performance este ano que me surpreendeu. Ela encravou seus ganchos no meu coração. Não porque foi boa. Não há nada de bom nela. Mas foi eficaz e cumpriu seu trabalho“, falou a atriz, referindo-se à campanha eleitoral de Trump.

Ainda no discurso, a norte-americana relembrou o episódio em que o Presidente zombou de um jornalista deficiente físico. “O desrespeito convida o desrespeito, a violência incita a violência. Quando os poderosos usam sua posição para intimidar os outros, todos nós perdemos(…) Nós precisamos da imprensa honesta para fazer oposição, chamá-los para o tapete para todas as indignações(…) Então, eu apenas peço à imprensa estrangeira de Hollywood e a todos da nossa comunidade que se juntem a mim para apoiar o comitê para proteger os jornalistas. Porque nós vamos precisar deles no futuro. E eles precisam de nós para garantir a verdade”, afirmou Meryl.

Na manhã desta segunda-feira, 9, no Twitter, Donald Trump criticou o discurso da atriz. “Meryl Streep, uma das atrizes mais superestimadas de Hollywood, não me conhece, mas me atacou ontem no Globo de Ouro. Ela é uma serva de Hillary”, escreveu o atual Presidente dos EUA, que não se cansa de pagar micão. Superestimada? Serva?

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Outra veterana do Golden Globes que também fez um discurso bastante inspirador foi Viola Davis, que venceu a categoria Melhor Atriz Coadjuvante, pelo drama Fences. A norte-americana, que em 2015 transformou-se na primeira mulher negra a ganhar um Emmy, aproveitou para homenagear o pai, que aprendeu a ler aos 15 anos de idade. Emocionada, Viola deixou claro que é preciso coragem e força de vontade para vencer em outra competição, chamada vida. Que orgulho ele teria da sua filha, não é mesmo?

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Tracee Ellis Ross, a Rainbow Johnson, do seriado Black-ish, vencedora da categoria Melhor Atriz de Seriados de Comédia, foi a definição de “mitar”. Aos 44 anos e pela primeira vez participando da premiação, com muito bom humor e carisma, ela dedicou a conquista a todas as pessoas negras que nem sempre são representadas e ouvidas, na vida e em Hollywood. “Eu quero que vocês saibam que eu vejo vocês. Nós vemos vocês. É uma honra estar nesse show”, emocionou-se a atriz, referindo-se a sitcom da ABC. 

Diretamente de The Crown, seriado da Netflix que conta a história da família real do Reino Unido, Claire Foy, vencedora da categoria Melhor Atriz de Série Dramática, encerrou o discurso homenageando a Rainha Elizabeth II, atualmente com 90 anos. “Eu realmente não estaria aqui se não fosse por uma mulher extraordinária e eu vou agradecê-la. Ela está no centro do mundo há 63 anos e eu acho que o mundo poderia ter mais mulheres no centro“, disse a atriz.

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Rainhas são rainhas, né? Que orgulho!!!

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