Mascar chiclete pode ser mais perigoso do que você imagina…
E não estamos falando somente sobre sua saúde bucal, hein? #medo
Chiclete é aquele docinho muito conveniente: dá uma boa enganada quando você sente vontade de comer açúcar, mascara a fome e até ajuda a limpar restos de comida dos dentes. A única parte ruim para sua saúde bucal é que ele dá cáries, mas se for sem açúcar, aí não tem problema. De acordo com um recente estudo publicado no Science Direct, no entanto, os impactos do chiclete vão além da sua boca – e podem ser perigosos.
O problema está nas chamadas nanopartículas de dióxido de titânio (TiO2), que são usadas para melhorar a textura de alguns alimentos. A questão é que elas podem prejudicar bastante o seu sistema digestório. O estômago é um alvo importante, mas o intestino é o que mais sofre, já que é ali que os nutrientes são absorvidos.
De acordo com o estudo da Binghamton University, de Nova York, as nanopartículas de dióxido de titânio interferem na função da barreira intestinal, prejudicando a absorção de ferro, zinco e ácidos graxos, além de facilitar infecções. Sendo assim, para quem já tem deficiência de algum desses nutrientes, como os anêmicos, que têm falta de ferro, esse quadro causado pelas gomas de mascar merece ainda mais atenção.
Toda a análise foi feita percebendo os efeitos em células isoladas, então ainda é preciso se aprofundar em pesquisas sobre essa questão em humanos. De qualquer forma, é preocupante pensar que as nanopartículas de TiO2 estão presentes em diversos produtos que consumimos diariamente, como alguns tipos de chocolate, pães, leite, doces e maionese.
Claro que é difícil abolir todos eles da alimentação, mas tentar diminuir a quantidade já ajuda. Outra forma de evitar a ingestão de muitas nanopartículas de titânio é, sempre que possível, optar por coisas mais naturais e menos industrializadas. Além de, é claro, cuspir o chiclete!