‘Mães reborn’ geram estranhamento e críticas nas redes sociais
Colecionadoras de bonecas realistas se unem e ganham espaço na internet mostrando o dia a dia com seus bebês reborn

onecos que imitam com realismo a aparência de uma criança, conhecidos como bebês reborn, deixaram de ser um mero brinquedo para os mais novos e se tornaram itens de coleção de mulheres adultas. As bonecas, no entanto, não ficam apenas expostas em prateleiras.
Nas redes sociais, “mamães reborn” compartilham suas rotinas ao lado das bonecas, com quem elas “conversam”, levam para passear e participam de eventos. Elas formam um nicho que tem crescido e que vão além da internet.
A colecionadora e influenciadora Bel Rodrigues, que tem 23 anos e mais de 44 mil seguidores no TikTok, viralizou ao mostrar a comemoração do aniversário de 3 anos de sua bebê reborn, chamada Martina. A festa simbólica reuniu outras colecionadoras de bonecas, e teve brincadeiras, docinhos e até parabéns.
O vídeo foi alvo de piadas e críticas de usuários nas redes sociais, que alegam grande exagero e estranheza. Em entrevista à CRESCER, rebateu os comentários negativos e afirmou que o encontro não teve a intenção de simular uma situação da maternidade. “Não tem nada a ver com tratar como de verdade. É um item de colecionador, como carros antigos, por exemplo. Para mim, as bonecas são terapêuticas”, defendeu.
@belrodriguesereborns Festa de aniversário pra uma boneca!? #bebereborn #reborndoll #bonecarealista #beberebornrealista #fyp #viralvideo
Com ajuda das redes sociais, quem compartilha essa paixão pelas bonecas tem se unido em uma espécie de comunidade. Profissionais que confeccionam as bonecas e colecionadoras promovem encontros em shoppings e parques, concursos, e passeios em grupo. Recentemente, um desses encontros que aconteceu no Parque Ibirapuera, em São Paulo, repercutiu na internet, confirmando a febre dos bebês reborn.
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O ‘movimento reborn’ tem furado a bolha. Um exemplo recente é o padre Fábio de Melo, que “adotou” uma bebê reborn com Síndrome de Down, durante uma viagem aos Estados Unidos. O padre explicou que a adoção foi em homenagem à sua mãe, Ana Maria de Melo, que morreu em 2021, vítima da Covid-19. Como ele costumava presenteá-la com bonecas, foi uma forma de manter essa tradição em homenagem à ela.
Nas redes sociais, ele falou com bom humor sobre o “processo de adoção” da boneca. “A Daniela é a responsável pelos vistos e passaportes. Já está pronto o visto dela, já pode viajar para o Brasil, mesmo a mãe tentando impedir. Ela tem visto americano e tem até visto para entrar no Brasil, mas ela é americana”, brincou.
E aí, o que você acha da febre dos bebês e mamães reborn?