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Love is Blind só prova que todos temos as mesmas paranoias sobre o amor

O novo reality show da Netflix mostra que certas inseguranças são mesmo universais - e que homem apaixonado pode ser beeeem emocionado!

Por Isabella Otto Atualizado em 31 out 2024, 00h32 - Publicado em 1 mar 2020, 10h00

A ideia por trás de Love is Blind, reality show da Netflix que estreou no dia 13 de fevereiro, é simples: entender se o amor é mesmo cego. A dinâmica também não é das mais complicadas: os participantes se conhecem, sem se ver, em cabines. Conversa vai, conversa vem, eles têm a missão de encontrar a cara metade nesses encontros às cegas e decidir se aceitam noivar sem ver antes a outra pessoa, levando em conta a ligação emocional e não a aparência. Os casais que têm sucesso nessa primeira etapa seguem para uma Lua de Mel antecipada no México e depois voltam para a realidade, para descobrir se os obstáculos do mundo real, como família, etnia e manias, não vão estragar o laço que criaram. O experimento dura um mês e, no altar, eles devem decidir se aceitam se casar ou se vão se afastar para sempre.

Reprodução/Reprodução

Na 1ª temporada do reality, 5 casais chegam até o dia do casamento: Lauren e Cameron, Giannina e Damian, Kelly e Kenny, Jessica e Mark, e Amber e Barnett. Não vamos dar altos spoilers aqui nesta matéria, até para não estragar a experiência caso você se anime a assistir, mas durante os 10 episódios de Love Is Blind percebemos não apenas que os homens são muito mais emocionados que as mulheres quando estão apaixonados (risos nervosos), mas também que todo mundo têm as mesmas inseguranças e paranoias com relação a relacionamentos e assuntos do coração.

1. “Idade realmente importa?”
O meme abaixo faz jus às falas da Jessica, que sempre faz questão de deixar claro que é dez anos mais velha que Mark. Apesar de os amigos do noivo e a família dele não ficarem incomodados com a diferença de idade, ela simplesmente não consegue deixar esse detalhe passar, se prendendo a um número. Apesar de ser bastante chato em alguns momentos, é compreensível que Jessica se sinta insegura, porque a noia da idade é bastante comum. Afinal, para alguns, pode não significar nada, mas, para outros, as distintas fases de vida podem virar um problema.

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Reprodução/Reprodução

2. “O que será que a pessoa tanto faz no celular?”
Como toda boa criadora de conteúdo, Giannina tem um vício e ele se chama Instagram. Damian, entretanto, faz mais o tipo que não liga tanto assim paras as redes sociais. Isso vira motivo de briga entre o casal e desperta um tipo de ciúme que não existiria caso a vida online não fosse tão intensa. É essa paranoia com a vida virtual do outro que faz com que muitos casais cometam o erro de espionar um o celular do outro.

Redes sociais podem acabar com relacionamentos saudáveis? Reprodução/Reprodução

3. “Por que, meu Deus, eu sou tão indecisa?”
É interessante ver que a indecisão não é coisa de gente mais jovem. O Mark, por exemplo, tem 24 anos e é uma das pessoas mais decididas do reality. Jessica e Kelly, contudo, são algumas das participantes mais indecisas, mesmo sendo as mais velhas. Até Lauren, que parece ser forte e nada em cima do muro, apresenta alguns momentos de confusão. Uma hora quer, na outra não quer mais… Coisas do ser humano. Pelo menos, sabemos que não estamos sozinhas nessa, né?

É amor, mas é também indecisão. Reprodução/Reprodução

4. “E se minha família não gostar da pessoa?”
Esse é um medo universal e, no programa, alguns participantes levam bastante a sério a opinião dos familiares, em especial, a dos pais. Nem sempre ela é positiva. Nestes casos, o que fazer? Tem quem siga com a relação, mas tem que não consiga ficar com alguém que não tem a aprovação da família…

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5. “Como vou saber se a pessoa é mesmo o amor da minha vida?”
Desde que o romantismo surgiu na Europa, nas últimas décadas do século XVIII, narrativas românticas nos foram apresentadas, moldando o amor que conhecemos hoje: melado, sofrido, que acredita em alma gêmea, típico das comédias românticas. E isso faz com que a gente acredite que precisamos encontrar o amor de nossas vidas, quando, na verdade, isso pode ser algo a ser apenas descoberto no futuro. Será que dá mesmo pra saber se aquela certa pessoa é o amor de uma vida toda aos 20 anos de idade? Não dá para ter mais de um amor na vida? Até o próprio reality show contribui com esse pensamento, fazendo o público e os próprios participantes sonharem com um amor cego, que não liga para aparências nem para coisas materiais. 

 

6. “Se o beijo/sexo for ruim, vai estragar tudo?”
Não vamos dizer qual, mas um casal sobe ao altar sem ter tido a primeira transa. Apesar de alguns acharem isso fofo, reafirmando o conceito do romantismo, outros acham que é um problema. O laço emocional pode ser intenso, mas e se o laço físico não der química? Isso pode estragar uma relação? Até que ponto questões carnais são importantes? Pensamentos do tipo começam a pipocar na cabeça dos participantes – e já devem ter pipocado na cabeça de muita gente por aí também… Não?

7. “E se ele não gostar da minha aparência?”
É possível afirmar que a minoria dos participantes consegue se desprender 100% de questões físicas, colocando em primeiro plano o interior das pessoas. De resto, ou a pessoa sente-se insegura com a própria imagem ou não consegue colocar a ligação emocional com a física num mesmo patamar, mesmo que ele seja algo irreal ou idealizado. “Ele não faz meu tipo” chega a ser, inclusive, uma desculpa dada por certas participantes para justificar o não dado no altar. Será que a aparência não importa mesmo? Nem um tiquinho de nada? Será que o amor é mesmo cego? Vale refletir!

No fundo, quem não quer? Reprodução/Reprodução

8. “O amor supera qualquer barreira?”
Mais uma vez, o romantismo chegou para nos ensinar que não há nada que detenha o amor, quando ele é verdadeiro. O reality, contudo, mostra que não é bem assim que acontece, seja na televisão, seja fora dela. Mas, se a relação não sobreviver, quer dizer que ela não era de verdade? Se o amor não superar barreiras, quer dizer que ele não valeu a pena? Que não foi forte o bastante? Haja paranoias!

9. “Como superar meu dedo podre?”
Especialistas dizem que o conceito de dedo podre só existe porque as pessoas tendem a repetir certos padrões comportamentais. Ou seja, se a mulher tende a se sentir atraída por “chernoboys”, ela vai seguir essa tendência, num ciclo sem fim, mesmo sabendo que não deveria agir dessa forma. Daí o que acontece? Chega uma pessoa bacana, mas você não consegue aceitar o amor que ela tem a oferecer, seja se boicotando, seja encontrando pelo em ovo. Como consequência, surge a famosa noia do “o que é que há de errado comigo?”. Na verdade, não há nada. É só um padrão que está sendo seguido, e nem sempre é fácil quebrar padrões ou superá-los.

O famoso auto-boicote. Reprodução/Reprodução

10. “É namoro ou amizade?”
Tem quem comemore o fato de namorar o melhor amigo, mas tem quem acredite que isso não dá certo, principalmente se a relação de amizade for muito antiga. Essa é uma questão que também aflige alguns dos participantes do reality. Kelly, por exemplo, em diversos momentos, se questiona sobre sua relação com Kenny. Jessica também se pega pensando se Mark não seria mais um bff que um marido.

11. Is love truly blind?
Essa resposta só você pode dar, depois de assistir ao reality da Netflix. 😉

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