Lixo nas praias do Rio de Janeiro diminui 91% com isolamento social
De 341 toneladas para 15 toneladas. O mar agradece, e vocês não imaginam o quanto!
A Comlurb, empresa de limpeza urbana da capital fluminense, divulgou em relatório recente que, com o isolamento social, o lixo encontrado nas praias do Rio de Janeiro diminuiu 91%. No período pré-quarentena, 120 toneladas costumavam a ser recolhidas das areias durante a semana e 341 toneladas aos finais de semana. No cenário atual, o número caiu para 10 toneladas de segunda à sexta-feira, e 15 toneladas aos sábados e domingos.
A circulação nas praias do Rio de Janeiro foi suspensa pelo governador Wilson Witzel, como medida de prevenção ao coronavírus, já que as praias cariocas costumam ficar lotadas, mesmo durante a semana. Com a diminuição da quantidade de lixo, muitos profissionais da limpeza que tinham mais de 60 anos e, portanto, fazem parte do grupo de risco da COVID-19, conseguiram licença para se afastarem de suas funções.
Muitos detritos encontrados nas areias são trazidos pela maré e pelas gigogas, que são flutuantes, em sua maioria vegetais, de água doce ou salgada que ajudam na alimentação e reprodução de diversas espécies aquáticas. Esses detritos, contudo, chegaram aos oceanos devido a ações humanas. Outra parte deles vem diretamente dos cidadãos, que não cuidam do próprio lixo em suas idas à praia.
Com a diminuição do lixo, os mares recebem menos poluentes. Além disso, a situação de isolamento social também diminuiu consideravelmente a circulação de automóveis e a atividade industrial, que também contribuem para a melhora dos oceanos, muito porque menos poluentes químicos são levados pela chuva, por exemplo, até rios, praias e canais de esgoto (que acabam desaguando nos oceanos).
Uma pena pensar que, quando tudo isso passar, o meio ambiente deve voltar a ser maltratado e retornar ao seu estado crítico.