Jogadoras do Palmeiras rebatem mitos machistas sobre o futebol feminino

"Sempre acreditei que futebol também é para mulheres", diz a meio-campo Andressinha

Por Isabella Otto Atualizado em 30 out 2024, 15h28 - Publicado em 14 out 2022, 15h44
Montagem com fotos da Poliana, Andressa e Bia, jogadoras do Palmeiras
Instagram/Reprodução

O time de futebol femino do Palmeiras estreia na Libertadores nesta sexta-feira (14), em jogo contra o Libertad Limpeño, no estádio Banco Guayaquil, em Quito, no Equador. Entre os nomes que integram o elenco, estão Andressa Cavalari, Bia Zaneratto e Poliana Barbosa.

As jogadoras conversaram recentemente com a CAPRICHO no Allianz Parque. Na ocasião, Leila Pereira, a presidenta do clube, estava anunciando uma nova parceria, desta vez com a farmacêutica Cimed. “Sem investimento não há time vencedor”, disse a empresária.

Andressinha, Bia e Poli desmentiram quatro mitos a respeito do futebol feminino, como aquele que diz que mulher não tem estrutura para o esporte. Para Zaneratto, conhecida como a Imperatriz do Palmeiras, o trabalho de preparação que vem sendo feito fora dos gramados está cada vez melhor, o que garante que as mulheres tenham o preparo necessário para aguentar a rotina de treinos e jogos. “Mulher tem estrutura óssea, sim, pra jogar, tem muita força e velocidade. Estamos muito bem preparadas e cada dia mais em evolução”, garante.

A meio-campo Andressinha aproveitou a ocasião para rebater o mais clichê dos mitos: que futebol é coisa de homem. “Futebol é a minha vida, é o que sempre fiz desde pequenininha. A bola sempre foi a minha amiga favorita. Então, sempre acreditei que futebol também é para mulheres“, disse.

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A atleta ainda rebateu aquele comentário de que futebol feminino não é tão bonito de assistir. “Nós temos muita capacidade, tanto quanto os homens. Somos boas tecnocamente e procurams sempre seguir e obedecer o plano de jogo”, garante.

A zagueira Poli entrou em campo para responder mais um mito: que futebol feminino não dá audiência. As palavras foram poucas, mas de grandes impactos: “Os últimos jogos têm falado por si só. São quebras de recordes e o futebol feminino tem crescido muito“, afirmou.

 

Em junho deste ano, a partida entre Brasil e Suécia, transmitida pela TV Globo, registrou a maior audiência desde que a emissora começar a passar jogos da Seleção Feminina de Futebol na TV aberta, em 2021. O crescimento é visível. Para Andressinha, o fato das mulheres jogarem por amor é um diferencial: “Isso significa muito”.

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Não que os homens também não joguem por amor. Afinal, o futebol é uma paixão nacional! Mas o esporte ainda é carregado de machismos e falta de investimento em categorias de base do femino. Não é difícil encontrar colégios que ofereçam, por exemplo, atividades extracurriculares por gênero, colocando o vôlei como um esporte coletivo “para meninas” e o futebol, “para meninos”.

“O incentivo dos pais é muito importante. Essa junção dos pais apoiarem e de gente acredtar, persistir e passar pelas dificuldades, faz de nós mulheres cada vez mais fortes, guerreiras e determinadas”, garante a atacante Bia, que marca um golaço aos 45 minutos do 2º tempo de entrevista: “Lugar de mulher onde ela quiser e ela é capaz de exercer e fazer aquilo o que bem entender e gostar”.

@capricho 1 é pouco, 2 é bom, 3 é mais que demais! 💚 As jogadoras do @palmeiras, @biazaneratto, @andressinha95 e @poliana_13, rebatem os quatro principais mitos que ainda existem acerca do futebol feminino. É cartão vermelho para essas fake news de plantão e bola do gol! #futebolfeminino #futebolfemininobrasil #palmeirasfeminino #futebolarte #AprendaNoTiktok #AgoraVoceSabe ♬ Afrobeat – FASSounds

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