Infiltrada na Balada: O que rola nas festas da viagem de formatura para Porto Seguro

Contamos os detalhes sobre as músicas, a pegação, as bebidas, os lugares...

Por Marcela Bonafé Atualizado em 1 nov 2024, 13h22 - Publicado em 22 jul 2016, 11h50
Porto Seguro é um lugar bonito, cheio de praias legais e com um clima agradável. Mas o que realmente atrai os estudantes que estão no último ano do Ensino Médio para esse destino é, sem dúvida, a festa. Ou melhor, as festas! Os únicos que sofrem são os pais, que ficam com o coração na mão. Mas será que os boatos sobre essas baladas são mesmo verdadeiros?
 
Para entender o que realmente rola, eu, Marcela Bonafé, estagiária de comportamento da CAPRICHO, me infiltrei em algumas festas, como se fosse uma estudante, e observei cada detalhe. Confesso que fiquei surpresa, porque, pelo que sempre ouvi dizer, achei que seria muito mais pesado do que realmente é. 
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A programação conta com festas à tarde e algumas pré-festas, os famosos “esquentas”, mas as baladas mesmo acontecem à noite – e todos os dias. Elas começam por volta das 22h e terminam umas 4h da manhã. Como os formandos são de hotéis e turmas diferentes, nem todos chegam no mesmo horário. Então, percebi que o auge mesmo é mais ou menos à 1h, quando todo mundo já está por lá.
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É bom lembrar que essas festas são fechadas para os estudantes que viajam com a Forma Turismo, então todo mundo tem a mesma faixa estária. O legal é que tem gente de várias partes do Brasil e, este ano, uma turma de 75 paraguaios também foi para Porto pela primeira vez. Enfim, a questão é que as pessoas estão lá com o mesmo intuito: comemorar o terceirão.
 
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Dentro dos estabelecimentos onde acontecem as festas, bebidas alcóolicas são vendidas só para maiores de idade. Apesar disso, não podemos fechar os olhos, ignorar e fingir que os menores não bebem. Do lado de fora das festas, sempre tem várias barraquinhas de pessoas vendendo diversos tipos de bebidas, inclusive para quem ainda não tem 18 anos.
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Notei que a maioria do pessoal bebe cerveja, cachaça, vodka e shots de licor ou tequila. Como em qualquer outro lugar, tem gente que exagera e acaba passando mal. Estes são levados para o hotel dentro de um carro amarelo enorme. Ou seja, não dá para esconder o micão. Mas não vi muita gente dando o famoso “PT”. Sinceramente, no geral, achei que as baladas são até bastante tranquilas, e que todo aquele lance com relação à Porto Seguro ser #pesadíssimo é mais folcore do que outra coisa.
 
Algumas festas contam com shows especiais. Quando estive lá, vi um do Nego Do Borel!
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Outro ponto que todo mundo comenta dessas festas é a pegação. Vamos por partes. Você realmente vê muita gente se pegando, alguns mais de boa e outros em ~nível hard~. Assim como a questão da bebida, é uma coisa muito relativa. Tem de tudo: as pessoas que se beijam no meio de todo mundo e não estão nem aí e pessoas que vão para um canto mais tranquilo. 

Além disso, enquanto tem gente que pega várias pessoas na mesma noite, também tem aqueles que encontram uma pessoa legal e acabam passando a festa inteira junto dela – e até a semana. Isso me leva a outro ponto: a abordagem. Vou exemplificar com momentos que eu mesma vivi para explicar como as pessoas estavam “chegando” nas outras. 
 
Em outra festa, a dupla de DJs Felguk mandou ver na música eletrônica.

Teve, sim, muito menino desrespeitoso que segurava pelo braço e não soltava, mesmo quando eu dizia “não” (e não é não). Também tinha muito menino que, quando eu dizia que tinha namorado, respondia: “E daí, ele não está aqui. Nem vai saber”. Aliás, muita gente vai namorando para Porto – e nem sempre o(a) namorado(a) vai também. Aí, cabe à pessoa se manter fiel ou não. 

Ao mesmo tempo em que passei por essas situações meio desagradáveis, também tiveram algumas bem divertidas. Um menino, por exemplo, chegou em mim, se abaixou e disse: “Casa comigo? Você acredita em amor à primeira vista?”. Outro, simplesmente, apareceu e começou a fazer dancinhas esquisitas na minha frente. Teve também aqueles que tentaram puxar conversa numa boa e, ainda, os que pediram para um amigo ou amiga ir falar comigo. Mas o campeão mesmo foi o que pediu meu celular e deixou um recadinho para mim (e não foi “Nóis se vê por aí”):
 
 
Uma coisa legal é que vi muita menina tomando atitude e chegando nos meninos também. Resumindo: rola de tudo em Porto Seguro, até drogas. Não vou mentir que senti um cheirinho de maconha em uma festa, sim. Mas quem é pego com drogas é mandado de volta para casa imediatamente. Fiquei sabendo que na semana anterior a que fui, quatro pessoas perderam a viagem de formatura por terem sido pegas usando drogas. Mas é aquele velho ditado: quem faz, faz em qualquer lugar (até na esquina de casa), não só na Bahia.
 
Para finalizar, acho legal mencionar duas coisas: (1) as festas rolam em lugares ao ar livre e a maioria delas é pé na areia, então separe looks fresquinhos e chinelos; e (2) os gêneros que mais animavam a galera eram funk e eletrônica, e a maioria do pessoal dança o tempo inteiro. Claro que também tocavam outras coisas, mas se você nunca ouviu “Malandramente” e “Bumbum Granada”, por exemplo, já vai se preparando. 
 
O importante, no fim das contas, é que todo mundo está lá para se divertir – e as festas realmente proporcionam isso para todos os gostos. Me surpeendi – de um jeito positivo!
 
Marcela Bonafé viajou a convite da Forma Turismo.
 
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