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Ilustrador transforma mulheres importantes para a história em princesas da Disney

Aproveite para conhecer um pouco sobre essas heroínas da vida real!

Por Marcela Bonafé Atualizado em 24 ago 2016, 14h10 - Publicado em 25 abr 2016, 17h30
O artista britânico David Trumble criou ilustrações em que ele transformou mulheres importantes para a história em princesas da Disney. A série, que levou o nome World of Women (mundo das mulheres), pretende criticar o padrão no qual personagens são construídas. “Eu fiz esses desenhos porque eu queria analisar o quão desnecessário é criar heroínas em um molde específico, dar a elas o mesmo estilo, as mesmas figuras magras e o mesmo sorriso plastificado e homogeneizado”, contou o ilustrador ao site Women You Should Know.
 
“O ponto que eu quis defender era que não faz sentido colocar essas mulheres reais em um modelo limitado, então por que então eles estão fazendo isso com as nossas heroínas da ficção?”, completou Trumble. Ou seja, ele não é contra as princesas, mas a forma similar como elas são retratadas e idealizadas, mesmo sendo personagens com personalidades diferentes. Vem ver quem ele transformou em princesa:
 
1. Hillary Clinton – A princesa 2016
Desde a época do colégio, a americana se interessava por política, inclusive militando no Partido Republicano. Com o tempo, no entanto, suas ideias passaram a aproximá-la dos democratas. Se formou em direito em Yale e começou a carreira como advogada. Continuou na profissão mesmo quando se casou com o Bill Clintou, virando primeira dama. Em 2000, ela foi a primeira senadora nova-iorquina mulher. Hoje, ela participa da corrida eleitoral à presidência norte-americana e está entre os candidatos com maior destaque.
 
2. Harriet Tubman – A princesa da abolição
Harriet começou a trabalhar como servente quando tinha apenas 6 anos. Sofreu muita violência física e, além de cicatrizes, ficou deficiente por causa de uma forte pancada na cabeça enquanto tentava defender outro escravo. Ela ficou conhecida por se envolver na luta abolicionista. Colocou a própria vida em risco diversas vezes para ajudar a libertar os negros e comandando missões nas conhecidas Rotas Subterrâneas. Para constar, ela foi escolhida em uma votação para estampar as novas notas de 20 dólares!
 
3. Malala Yousafzai – A princesa desafiadora
Ganhadora do Nobel da paz de 2014, Malala foi a mais jovem até hoje a receber tamanho reconhecimento, quando tinha apenas 17 anos. Ela recebeu destaque por lutar pela educação das meninas no seu país, o Paquistão, em um lugar onde o conservadorismo embala o contexto. Ela chegou, inclusive, a escrever para a BBc sobre as dificuldades enfrentadas no seu país, usando um pseudônimo. No dia 9 de outubro de 2012, ela foi baleada na cabeça ao sair da escola por talibãs. Hoje, ela estuda no Reino Unido e é símbolo de luta feminina.
 
4. Anne Frank – A princesa do holocausto
Com apenas 13 anos de idade, ela e a família se mudaram um anexo secreto de uma fábrica em Amsterdã para se fugir dos nazistas que estavam ocupando a Holanda. Foi lá que ela escreveu grande parte do seu famoso diário, contando sobre o cotidiano no esconderijo e os medos que enfrentava caso alguém os descobrisse lá. E foi o que aconteceu. A menina, que sonhava em ser escritora, acabou morta no campo de concentração Bergen-Belsen, na Alemanha. 
 
5. Rosa Parks – A princesa da igualdade
A costureira ficou conhecida quando, em 1955, se recusou a dar o seu lugar em um ônibus para um homem branco em um ônibus. Ela foi presa e recebeu multa por sua ação porque naquela época a segregação racial era permitida por lei nos Estados Unidos. No entanto, seu feito foi de certa forma um ponta pé inicial para mudanças não só em seu país, mas no mundo e ela virou um símbolo de luta por igualdade racial. Chegou a receber várias honrarias, dentre elas a Medalha de Ouro do Congresso das mãos de Bill Clinton, o então presidente.
 
6. Marie Curie – A princesa Nobel
Ela foi a primeira mulher do mundo todo a ganhar um prêmio Nobel, por causa de seus estudos sobre a radiação. Com a ajuda de seu marido Pierre Currie, ela descobriu dois elementos químicos: o polônio e o rádio. Isso lhe conferiu, oito anos mais tarde, outro prêmio Nobel. Marie se destacou como pesquisadora em sua época uma vez que as universidades eram espaços dominados pelos homens. Por causa da longa exposição à radioatividade, no entanto, a cientista polonesa morreu de leucemia aos 67 anos.
 
7. Gloria Steinem – A princesa pioneira
A jornalista americana é famosa pelo seu engajamento com a causa feminista. Um de seus trabalhos mais conhecidos foi uma matéria sobre os bares da Playboy. Ela se infiltrou como garçonete relatou a situação em que as moças por lá viviam, de humilhação e totalmente abusiva. Foi fundadora e editora da Ms. Magazine, revista americana voltada ao púbico feminino, com um caráter mais socialista, ideologia que ela mesma defendia. Por isso, foi criticada por sua atuação como colaboradora da CIA. Independente de questões políticas, sua importância para o feminismo é inegável.
 
8. Jane Goodall – A princesa da floresta
Reconhecida por seus quase 50 anos de estudos sobre os chimpanzés na Tanzânia, Jane contribuiu muito para o que hoje se sabe sobre o comportamento e a anatomia desses animais. Foi ela quem descobriu que eles sabem fazer e utilizar ferramentas. A pesquisadora até fundou um instituto que recebe seu próprio nome e é dedicada a proteger os chimpanzés e seu habitat. Ela foi uma das poucas pessoas a serem autorizadas por Cambridge a estudar para um doutorado sem ter formação universitária, conseguindo o título de doutora em Etologia com sua tese sobre os primatas que ela estudava.
 
9. Susan B. Anthony – A princesa sufragista
A americana foi professora durante 15 anos e foi contra a segregação racial nas escolas. Começou a lutar pelos direitos famininos em 1852 e se dedicou principalemente ao sufrágio. Ignorando a oposição, ela viajava, lecionava e debatia sobre o voto. Os direitos da mulher de possuírem uma propriedade e terem controle sobre os próprios ganhos também eram pauta da luta de Susan. Outro ponto interessante é que ela chegou a fazer campanhas sobre a abolição da escravidão e defendia constantemente as mulheres no mercado de trabalho.
 
10. Ruth Bader Ginsburg – A princesa suprema
Ela foi a segunda mulher a ocupar o cardo de juíza da Suprema Corte dos Estados Unidos. Mas não foi tão fácil chegar lá: Ruth encontrou muita dificuldade em arrumar emprego depois da graduação. Ela acreditava que a lei não tinha distinção de gênero e que direito iguais deveriam ser conferidos a todos. Não é a toa que ela ficou reconhecida por defender a igualdade de gênero. Outros pontos que ela defendeu foram o direito dos trabalhadores e a separação entre Estado e Igreja.  
 
Quem mais você acha que deveria fazer parte dessa série de ilustrações?
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