Você também precisa se alfabetizar emocionalmente; saiba como começar
Alfabetização emocional é a capacidade de reconhecer, dar nome e transformar as emoções de um jeito mais consciente

a escola, a gente aprende um monte de coisa: fazer conta, escrever redação, analisar poema… Mas e sobre o que rola dentro da gente? Ninguém ensina. Sabe quando o coração aperta e você nem sabe o motivo? Ou quando bate um medo sem sentido, ou aquela tristeza antiga que te trava sem aviso? Então, isso tem nome: falta de alfabetização emocional.
Sentir faz parte de ser humano, mas entender o que a gente sente, saber dar nome, acolher, digerir e até transformar tudo isso… é algo que dá para aprender. Ou melhor, que todo mundo deveria aprender.
E é justamente sobre isso que a terapeuta e treinadora de inteligência emocional Gabi Squizato vai falar aqui: essa arte quase secreta de se alfabetizar emocionalmente. Bora?
Mas afinal, o que é alfabetização emocional?
É a habilidade que a gente desenvolve para lidar com o que sente. Alfabetização emocional é a capacidade de reconhecer, dar nome, entender, digerir e transformar as emoções de um jeito mais consciente.
Em vez de fugir do que está sentindo ou se culpar por isso, essa ideia propõe uma nova forma de olhar para dentro:
- Sentir sem se julgar
- Dar o nome certo para o que sente (tipo “medo de falhar” em vez de só “tô ansiosa”)
- Entender de onde esse sentimento veio
- Processar e soltar, sem engolir ou esconder
Por que isso é tão importante?
Porque sentir sem entender dá um nó na cabeça.
Sabe aqueles dias em que bate um mal-estar do nada e você nem sabe explicar o porquê? Ou quando rola uma explosão de raiva e depois vem o arrependimento? Pois é, isso tem tudo a ver com a falta de conexão com as próprias emoções.
Quando a gente não sabe nomear o que está sentindo:
- Fica difícil entender ou conversar com esse sentimento
- A emoção vira drama ou peso, em vez de um sinal importante
- E ainda pode se acumular no corpo, causando aquele cansaço estranho ou até dores
Mas aqui vai a real: as emoções não são vilãs. Medo, tristeza, culpa, raiva… todas elas estão tentando dizer alguma coisa. Ignorar isso é perder uma chance de se conhecer de verdade.
Por onde começar?
- Dê nome ao que você sente: em vez de só dizer “tô mal”, tenta ir mais fundo: é frustração? Raiva? Medo de ser rejeitada? Quanto mais certeira for a palavra, mais fácil será entender o que está rolando aí dentro.
- Sinta no corpo: onde essa emoção mora em você? No estômago? No peito? Nas costas? O corpo costuma ser bem direto: ele fala o que a mente às vezes esconde.
- Troque uma ideia com a emoção: parece esquisito? Pode até ser, mas é super útil. Tenta perguntar: O que você quer me mostrar? Desde quando você está aqui? O que eu preciso liberar para seguir em frente?
- Libere o que está preso: entender é só o começo. O próximo passo é transformar. Técnicas como a Liberação Emocional ajudam a soltar aquilo que nem sempre a gente consegue resolver só com palavras. Porque, às vezes, o que pesa não é o que a gente fala, é o que sente e não solta.
Sentir com presença, consciência e leveza
Chega de fugir do que sente ou achar que “sentir demais” é um defeito. Spoiler: não é! Na real, isso pode ser sua maior força.
Quando você começa a entender e liberar suas emoções com mais consciência, tudo muda. Elas param de parecer um peso e começam a virar bússolas.
No fim das contas, as emoções não te atrapalham. Elas te mostram o caminho.
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