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Governo começa campanha em prol da abstinência sexual no mês do Carnaval

Política pública que incentiva jovens a praticarem a abstinência sexual para combater a gravidez precoce começa nas redes sociais.

Por Isabella Otto Atualizado em 31 out 2024, 00h47 - Publicado em 24 jan 2020, 12h44

Um dos projetos do governo federal para 2020 é a campanha que incentiva jovens a praticarem a abstinência sexual, uma iniciativa que pretende diminuir os casos de gravidez precoce no Brasil. A política pública, destinada a pessoas de 10 a 18 anos, deve começar em fevereiro, de acordo com matéria publicada pelo jornal O Globo.

Damares Alves, Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Reprodução/Reprodução

A estimativa do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos humanos é que a campanha tenha início no dia 3 e, inicialmente, com foco nas redes sociais. Em parceria com o Ministério da Saúde, não é coincidência que ela comece no mês do Carnaval, época do ano bastante relacionada à liberdade sexual – embora pesquisas, como a realizada em 2008 pela Universidade Federal Fluminense, do Rio de Janeiro, mostre que a folia não influência o comportamento sexual das pessoas.

Para Maurício José Silva Cunha, secretário nacional dos Direitos da Criança e Adolescente, o projeto leva em conta estudos científicos, não elementos religiosos. De acordo com ele, a política pública trouxe resultados positivos em países como Estados Unidos e Uganda. É sabido, entretanto, que o pastor Nelson Neto Júnero, criador do movimento “Eu Escolhi Esperar”, que incentiva jovens a fazerem sexo apenas depois do casamento, também está por trás da campanha, o que coloca em cheque essa questão de ela der totalmente pautadas em questões científicas.

 

Além de ser uma tentativa de diminuir os casos de gravidez precoce, o governo pretende mostrar outras vantagens de postergar o início da vida sexual, como, já citou a ministra Damares Alves, o fato de a menina conseguir preservar sua alma e assim encontrar sua alma gêmea. Seria esse também um preceito baseado em estudos científicos?

Vale ressaltar que o governo federal deixou claro que, apesar do lançamento dessa política púbica, campanhas em prol do uso de preservativo e a própria disponibilização gratuita dele continuarão em vigor.

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