Estas histórias mostram a intensidade do primeiro amor de diversas formas

Seis jovens nos contaram sobre a sutileza em encontrar, no primeiro amor, a pessoa certa e como é lidar com esse sentimento tão intenso

Por Mavi Faria Atualizado em 13 jun 2025, 15h39 - Publicado em 12 jun 2025, 17h37
O

dia mais romântico chegou e o Dia dos Namorados convida todos a celebrarem quem mais amam — seja um par romântico, seja sua própria pessoa. Fato é que o amor dificilmente se apresenta da mesma forma para todos. Falando de primeiro amor então, as experiências são múltiplas. Algumas pessoas encontram o amor logo de cara, na primeira pessoa que se apaixona e já constrói uma relação única com ela. Outras, se apaixonam e desapaixonam diversas vezes, supondo estarem amando, até perceberem que, na verdade, amar é algo além.

Convidamos seis pessoas que encontraram, em seu primeiro amor, o significado de cada um para essa palavra, para compartilharem sua experiência. Você vai perceber que, para cada um, o amor é uma sensação e um cheiro diferente, e provavelmente, para você, também é ou vai ser assim. No final, não tenha pressa para amar, porque ele vai te encontrar quando for a hora certa — e essa galera é a prova disso.

“Senti como se estivesse voltando para a Terra, como se eu finalmente me sentisse pertencente a algum lugar só por estar amando e ser amado de volta”

Eu, que costumava dizer que já havia me apaixonado muitas vezes na vida, descobri que não passavam de ansiedade de flerte. Nada no mundo poderia me preparar ou igualar ao momento em que ouvi, pela primeira vez, Guilherme dizendo “eu te amo”. Foi também a primeira vez, em um relacionamento, que senti o peso e a verdade nestas três palavras. Foi mágico, como se eu estivesse voltando para a Terra e finalmente me sentindo pertencente a algum lugar — engraçado como saber verdadeiramente que você é amado e que você ama de volta pode trazer tanta paz e conforto. 

Entendo que o amor é geral e amamos muitas pessoas na vida, mas foi com o Guilherme que entendi a profundidade da paixão intencionada. Nesse momento do nosso primeiro “eu te amo”, lembro de me sentir tenso porque sempre existe o medo de que o sentimento não seja correspondido, mas, no fundo, sempre houve a certeza de que, entre nós, não seria algo passageiro ou bobo e essa situação não foi diferente da forma que construímos nosso relacionamento: Dizer “eu te amo” parecia a coisa mais natural, fácil e certa a se dizer.

Não acho exagero afirmar, com todas as letras, que existe um Matheus antes do Guilherme e um Matheus depois do Guilherme e eu sempre soube, no fundo, que não seria diferente, desde o primeiro momento em que conversamos coisas banais da universidade. Confesso que, por ser meu primeiro namoro e por ele seu novo na faculdade, tive medo de o prender ou de estar pressionando ele a um relacionamento sério que não cabia na hora, mas, de novo, nossa história já começou a ser traçada com certezas e transparências, e o amor desconhecido que começava a nascer em mim também crescia dentro dele.

O Guilherme foi a melhor escolha que fiz na vida e todo dia deixo claro o quanto amo ele, e ele faz questão de demonstrar o mesmo. No final, o amor é realmente mágico e transformador.

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Depoimento de Matheus Gonçalves Silva, de 23 anos, sobre seu amor por Guilherme Moreira Alves, 22.

“É um sentimento único que mexe com o corpo inteiro”

Encontrei meu primeiro — e único — amor na escola, uma sorte que eu reconheço como rara. É até difícil explicar, eu e Nickolas estávamos no segundo ano do Ensino Médio e, justamente por ser tão nova, lembro que não sabia direito o que estava acontecendo, mas sentia um frio na barriga que não tem explicação ou nome: É um sentimento único que mexe com o corpo inteiro. Os primeiros sinais que eu senti traduzirem meu amor foi justamente uma inquietude que não se manteve na nossa relação ao longo dos anos.

A escola, de repente, se tornou muito atraente e eu ficava ansiosa para chegar logo na aula e finalmente encontrá-lo. Naquela época, com o amor recém-descoberto, lembro que tudo girava em torno dele e reconheci a intensidade do meu sentimento pela vontade de incluí-lo em todos os meus planos e pela torcida incessante dentro de mim pela sua felicidade. 

Já faz sete anos que nossa história começou e, desde o começo, ela sempre caminhou de forma natural, como se fosse a coisa mais certa a acontecer. Mesmo na adolescência, quando todos os sentimentos são tão confusos e é difícil perceber que a outra pessoa também gosta de você, Nickolas nunca criou jogos ou enrolou a situação. Percebi que o sentimento era recíproco quando notei a importância que ele dava para coisas que eram caras para mim e como não tinha embaraço ou dificuldade entre nós, era muito natural e continua sendo até hoje. Tudo aconteceu muito natural entre nós dois e acho que ser tão calmo e natural é o que torna nosso relacionamento extraordinário.

Depoimento de Amanda Lopes, 23 anos, sobre seu amor por Nickolas Passos, 23.

“Os sentimentos foram surgindo, junto com aquela vontade de dar o mundo para a pessoa”

Apaixonada por filmes de romance, sempre sonhei em viver uma história de amor de cinema e sempre soube que só iria namorar se me sentisse confortável com a pessoa. Encontrei tudo isso, no final, onde menos esperava: na minha, até então, amiga Milena. Nos apaixonamos enquanto eu a consolava após ela terminar o namoro com um outra amiga nossa da época – não foi nada planejado muito menos fácil de lidar. Os sentimentos foram surgindo junto com aquela vontade de dar o mundo a pessoa, de curar o seu coração, ao mesmo tempo que eu temia pela nossa amizade ou que não fosse a hora certa por ela ter recém-terminado outro namoro.

Ela mesma dizia que não queria namorar e eu tentava domar a presença tão forte do amor que já me dominava. Mas, no fundo, não foi muito uma escolha nossa, estávamos destinadas e já amávamos uma à outra. Tanto que, quando criei coragem para me declarar, trocamos nosso primeiro beijo e já começamos a namorar em um intervalo de duas semanas, com a certeza de estar entregando nosso coração a quem iria cuidar bem dele.

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Encontrei, no meu primeiro amor, aquele digno de filmes que as pessoas garantem ser pura ficção; descobri que o amor te preenche, te faz querer ser você mesma e te mostra que é seguro fazer isso; que o amor faz você querer cuidar, acolher e proteger. Desde o minuto em que a vi com o coração partido pela sua ex, há mais de um ano, percebi que minha ânsia por ajudá-la era felina e meu principal objetivo era, e ainda é, fazê-la feliz.

Depoimento de Mariana Souza, 22 anos, sobre seu amor por Milena Trindade, 23.

“Eu senti que tudo que eu sempre quis em uma relação, as borboletas no estômago, o nervosismo em conversar com ele e a certeza de que ele era a pessoa certa, estavam acontecendo”

Me apaixonar e descobrir meu primeiro amor no Gabriel foi diferente de tudo que eu já tinha vivido, mas do jeito que eu já havia sonhado. Me senti interessado por ele no primeiro dia da faculdade mas, na época, ele namorava. Mantivemos um contato amigável até que, em uma aula, percebi que ele não parava de me olhar – comecei a virar o rosto de propósito para conseguir sentir aquele olhar um pouco mais. Um fato importante é que, desde esse começo, das demonstrações de interesses mais explícitas até nossos encontros e pedido de namoro, dois sentimentos não saiam da minha cabeça: o nervosismo e a plena noção de que eu tinha encontrado a pessoa da minha vida. 

Eu costumo fantasiar demais e criar cenários, claro que imaginei como seria amar de verdade e profundamente uma pessoa. Nossa relação foi construída de forma tão recíproca que eu sentia, cada vez mais, que tudo que eu sempre quis em uma relação, as borboletas no estômago, o nervosismo em conversar com ele e a certeza de que ele era a pessoa certa, estavam acontecendo. Pela primeira vez na vida, me vi na figura do apaixonado bobo, que ri sozinho no meio do dia e não consegue esconder um sorriso quando recebe uma uma mensagem.

Por saber profundamente que essa relação era o que eu sempre sonhei, minha ansiedade foi ainda maior e dividia minhas emoções em eu querer que aquilo desse certo e em saber que daria. Descobri que não é presunção, é reconhecer quando o amor te deixa destemido, seguro e apaixonado.

Depoimento de Arthur Ferreira, 23 anos, sobre seu amor por Gabriel Coca, 24.

“Entendi que o amor de verdade surge quando passa a intensidade do começo da paixão e ela vira algo mais forte e profundo”

Eu brinco que é uma realização para mim dizer e ouvir das outras pessoas que eu construí a minha própria comédia romântica logo no meu primeiro amor e com meu melhor amigo. Quase como um roteiro de Hollywood, eu já gostava dele e guardava para mim porque ele namorava. Um tempo depois, ainda como amigos, percebi um movimento diferente quando ele me abraçou e fez carinho no meu rosto na minha casa – foi a primeira vez que senti um clima. Dias depois, ficamos pela primeira vez e ali eu já sabia que estava completamente apaixonada.

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É difícil entender como reagir quando você percebe que ama seu melhor amigo, tem um medo muito grande de estragar a amizade e, nesse caso, ele dizia que queria uma ‘amizade colorida’, ainda sem entender a profundidade dos meus sentimentos. Quando compartilhei com ele cada ansiedade de estar perto dele, a atenção redobrada de cada toque dele e como já havia um sentimento intenso em mim, ele confessou que também sentia mais que o casual. Desde esse instante, não nos desgrudamos mais. Eu acho que o amor é um sentimento muito curioso e, enquanto eu percebia ele em mim, não podia deixar de notar como ele criou camadas sentimentais e uma profundidade que eu não conhecia. Qualquer possível paixonite desaparece quando você encontra amor de verdade.

Passei a entender, pela primeira vez, o que as letras de músicas e as cenas dos filmes de romance diziam. É um sentimento completamente diferente do amor que sinto pela minha família e amigos. O amor de verdade surge quando passa a intensidade do começo da paixão e ela se torna algo muito mais profundo – e muito mais bonito.

Depoimento de Ana Luiza Pires da Costa, de 21 anos, sobre seu amor por Vitor dos Santos Freitas, 21.

“O calor na pele que eu sentia sempre que encontrava ela já denunciava o meu amor” 

Esta não é uma história de uma primeira paixão, mas é sobre um primeiro amor que me trouxe a paz e o conforto de dias ensolarados com céu azul, sem depender da boa vontade meteorológica. Tenho a sorte em afirmar que cada momento com Isabella tem a mesma textura, sabor e brilho de um dia de verão, iguais ao do dia em que percebi que os sentimentos dela eram verdadeiros e que seríamos namoradas a partir de agora. 

Entretanto, o começo não foi mágico logo de cara e percebo hoje que o amor se instaurou em mim de forma gradual, dando tempo ao tempo para as coisas se acertarem do jeito certo. Reparei na Isabella pela primeira vez em 2023 e fui para casa pensando em quão linda ela era e em como queria beijá-la – mas ela começou a namorar logo em seguida. Foi só depois de um ano, quando ela estava solteira e eu ainda com ela na cabeça, que tomei coragem para me aproximar e começamos a ficar. Justamente porque começamos com ela solteira há muito pouco tempo, não imaginei que fôssemos ter qualquer relacionamento sério e, por isso, o calor na pele que eu sentia sempre que a encontrava me dava medo: poderia significar que eu estava sentindo coisas demais e corria um grande risco de perdê-la.

Vivi cerca de um mês inteiro com as palavras entaladas na garganta, tentando adiar um já fatídico fim e ignorando os fortes sinais do amor – cheguei a achar que não estava apaixonada mas logo entendi que, em mim, Isabella já ocupava um amor radiante. Quando finalmente criei coragem para expor meus sentimentos, tive a surpresa mais gratificante do mundo: embora ela tenha dito que não estava apaixonada, me garantiu que também não queria perder a relação que estávamos construindo e, por isso, gostaria de continuar tendo o que tínhamos, algo ainda sem nome, mas cheio de felicidade. Ali soube que existia nela algo que também existia em mim, e ela me conta, hoje, que em duas semanas percebeu que o sentimento sem nome tinha quatro letras: amor.

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Depoimento de Emily Gondim, de 22 anos, sobre seu amor por Isabella Stael, 23.

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