Escola Sem Partido termina o ano com derrota na Câmara dos Deputados
Projeto não foi adiante e deve ser retomado em 2019. Derrota causou mal-estar entre membros do programa.
Na última terça-feira, 11, o projeto de lei do “Escola Sem Partido” foi votado pela última vez no ano na Câmara dos Deputados e foi derrotado pela maioria presente. Com isso, ele fica arquivado até o ano que vem, quando deve retornar para possível votação na próxima legislatura.
O deputado Marcos Rogério, do DEM-RO, presidente da comissão do “Escola Sem Partido”, lamentou a derrota e ainda aproveitou para cutucar seus companheiros. “A oposição cumpriu seu papel, ela fez uma obstrução sistemática, com a presença dos parlamentares. A maioria absoluta dos parlamentares que são favoráveis vinha votar e saía da comissão. Isso acabou gerando esse ambiente que não permitiu a votação”, disse após a sessão, já que a falta de deputados a favor ajudou a fortalecer a perda.
O programa “Escola Sem Partido” apresenta 6 premissas básicas, como “o professor não favorecerá nem prejudicará os alunos em razão de suas convicções políticas” e “o professor não se aproveitará da audiência cativa dos alunos para promover os seus próprios interesses”. O restante das propostas, que seguem essa mesma linha, pode ser vista no site oficial do programa.
Basicamente, os políticos por trás desse projeto acreditam que as escolas estejam doutrinando os jovens e excluem totalmente o fato de que tais premissas listadas já deveriam acontecer na prática, pois estão previstas em lei na Constituição. Até que ponto ter acesso à opiniões e vivências diferentes na escola pode der prejudicial à criança? Não deveria ser o contrário? Essas novas vivências não contribuem para que o jovem crie senso crítico e forme sua opinião?