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Em nova assembleia, maioria do STF vota pela criminalização da homofobia

Tensão com Bancada Evangélica ainda é ponto a ser discutido.

Por Isabella Otto 23 Maio 2019, 18h46

Uma nova assembleia realizada nesta quinta-feira, 23, votou a favor da criminalização da homofobia. Na última quarta, 22, o Senado já havia aprovado uma emenda, mas que dizia que a criminalização não valeria em templos religiosos.

Roberto Machado Noa/Getty Images

Por volta das 18h15, saiu a notícia de que seis dos 11 membros que estavam na reunião já haviam votado, todos em prol da criminalização. Como a maioria já havia se posicionado, o resultado final não seria alterado.

“Acolher o pedido da comunidade LGBT é cumprir o compromisso da justiça que é o de dar a cada um aquilo que é seu. E assim o fazendo, o STF estará cumprindo o sacerdócio da magistratura”, dise o ministro Luiz Fux.

 

A grande tensão ocorreu novamente com a Bancada Evangélica, que acredita que a criminalização pode afetar a liberdade de cultos e de religiões se posicionarem contra a homofobia. Vale ressaltar que várias doutrinas alegam que a homofobia é pecado.

Algumas pessoas ainda se posicionaram dizendo que a aprovação do STF coloca “gays numa categoria privilegiada”. O Brasil é um dos países mais perigosos para ser homossexual no mundo, com uma pessoa morrendo vítima de homofobia a cada 16h. O país ainda lidera o ranking mundial de assassinatos a transexuais e, a cada uma hora, um gay sofre algum tipo de violência por ser gay. Privilégio?!

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