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É possível amar duas pessoas ao mesmo tempo?

Para responder a pergunta, é preciso ampliar a visão sobre amor e tratar dos diferentes tipos de relacionamentos, monogâmicos ou não

Por Mavi Faria 26 ago 2024, 18h49
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á para amar duas pessoas ao mesmo tempo? Essa é uma pergunta polêmica e bem complexa. Isso porque ela envolve uma série de aspectos que precisam ser levados em consideração, que vão desde a definição de amor até as diferentes formas de se relacionar. Sair do senso comum e ir além dos padrões que estamos acostumados pode enriquecer muito a discussão. Vamos lá? 

Para o psicólogo especialista em relacionamentos Thomas Schultz-Wenk, o amor romântico não se difere muito do amor familiar ou entre amigos – em todas as situações, você vai amar mais de uma pessoa e de formas diferentes.”O amor romântico não é um reservatório que, quando escolhemos dá-lo a uma pessoa, ele se esgota e não é possível dar para outra pessoa”, expõe sua visão em entrevista à CAPRICHO. 

A grande questão, segundo o especialista, é a forma que cada pessoa encara isso. E é aí que entra a discussão sobre monogamia e não-monogâmia. Na monogamia, você escolhe depositar o seu amor com uma única pessoa. Já na relação não-monogâmica é mais aberta e abrange casais que se relacionam com outras pessoas.

“A não-monogamia não tem tantas restrições, mas isso não significa que ela não tenha regras que são estabelecidas pelo casal, como não ficar com pessoas conhecidas, poder sair somente uma ou duas vezes com a mesma pessoa, só poder ir para a casa de swing acompanhado e outros acordos que os casais fazem”, explica o psicólogo. 

Thomas ressalta que as formas de se relacionar são múltiplas, cada pessoa entende o que quer, faz sua escolha e encontra pessoas que são compatíveis a ela, mas nenhuma decisão influencia em como você vai amar, ou quantas pessoas serão amadas por você

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“Amar duas pessoas não é exclusivo da poligamia, porque a gente ama duas pessoas a vida inteira, em todos os aspectos da vida”, explica o psicólogo. Ele lembra que a escolha de ficar somente com o outro, se relacionando com ele, é o que diferencia uma relação monogâmica para não-monogâmica. 

“A gente pode amar mais de duas pessoas ao mesmo tempo e ter um relacionamento não-monogâmico, ou a gente pode amar duas pessoas ao mesmo tempo, controlar nossos impulsos e sentimentos e escolher uma relação monogâmica”, completa.

Portanto, o psicólogo defende o ato de amar uma ou mais pessoa não está relacionado diretamente com o modelo que relacionamento que eles vivem. Quando escolhemos ter um único parceiro ou parceira, rejeitamos a possibilidade de nos relacionarmos com outras pessoas, mas isso não tira a possibilidade de aparecer sentimento por um terceiro(a). Se isso acontecer, é preciso ter responsabilidade afetiva e ser sincero – já que quebrar esse combinado, pode se configurar traição.

E a paixão?

Em um vídeo sobre o tema publicado no TikTok, a psicóloga Helena Emerich traz para discussão um outro ponto interessante: a diferença entre amor e paixão. Para ela, também é possível amar uma pessoa e se apaixonar por outra. Ela usa um exemplo fictício de um homem que está em um relacionamento longo, cheio de qualidades, mas que ele se sente invalidado em alguns aspectos. E, apesar de amar a esposa, ele se vê encantado com a possibilidade de um novo relacionamento, que supra questões que estão faltando no momento. “Ele pode conectar as emoções dele em uma pessoa que pode entregar o que ele está precisando”, diz a psicóloga.

Aí, mais uma vez, como falamos anteriormente cabe a pessoa entender seus sentimentos, ver o que quer, e agir da forma correta e de acordo com o compromisso que firmou.

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@psicologahelenaemerich

Respondendo a @marin obrigada querida, por me ajudar a trazer essa reflexao ❤️ bju meu com carinho! #relacionamentos #traicao #traicaonaotemperdao

♬ som original – Psico Helena Emerich

 

E aí, o que você acha de toda essa discussão?

 

 

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