Dia das mães: “Olho para o céu e escolho a estrela mais brilhante. Essa é a minha mãe!”
Ana Júlia perdeu sua mãe há cinco anos em um acidente de carro e hoje afirma que o amor que sente por ela ultrapassa todas as barreiras
Neste próximo domingo, comemora-se o dia das mães. Uma data que, independente se você está perto ou longe da sua, deve ser lembrada com carinho e afeto. Nesses próximos dias, vamos contar histórias emocionantes sobre mães e filhas, sobre suas aventuras, conselhos, momentos e também saudades.
Hoje, a Ana Júlia Gimenez Almeida, de 20 anos, topou abrir o seu coração e contar um pouquinho daquilo que a acompanha todos os dias. Ana, que morava em uma cidade pequena do interior de São Paulo chamada Osvaldo Cruz, perdeu a sua mãe quando tinha 15 anos em um acidente de carro onde estavam apenas as duas. “Tem muitas coisas da época que meu cérebro simplesmente apagou, mas nós estávamos indo para uma cidade próxima, Presidente Prudente, fechar meu intercâmbio. Só estava eu e ela no carro. De repente, uma peça de um caminhão que estava na nossa frente se soltou e atingiu o nosso carro. Minha mãe faleceu na hora”.
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A Ana contou pra gente que elas eram muito unidas e tudo isso virou a vida dela de cabeça para baixo. “Eu tive que ir morar em São Paulo com o meu pai, que eu nem tinha tanto contato. Quando tudo isso aconteceu eu entrei em depressão e enfrentei o pior momento da minha vida“, disse Ana. Mudanças são sempre difícieis, ainda mais por um motivo desses, né? Mas com o tempo, ela foi fazendo novos amigos que a ajudaram muito a enfrentar essa barra. “Hoje em dia, eu adoro viver em São Paulo e sinto muito orgulho por eu ter conseguido enfrentar tudo isso e, principalmente, por não ter desistido de lutar”.
Quatro meses antes do acidente, foi a festa de 15 anos da Ana – que a própria mãe dela tinha organizado com tanto empenho. “Foi a minha mãe quem fez a festa, eu não sabia nem a cor da decoração. O bom gosto da minha mãe era de outro mundo e até hoje todo mundo da minha cidade comenta sobre a festa. Depois que ela faleceu, minha avó me contou que ela se dedicou tanto à festa pois sentia que não estaria aqui no meu casamento, então queria que tudo fosse lindo e especial. E ela conseguiu!”

“Hoje em dia, eu acredito que tudo tem um porquê e que Deus não te deixa passar por coisas pelas quais você não pode superar. Cresci e amadureci muito por conta de tudo isso. Todas as noites eu tenho um ritual: olho para o céu e escolho a estrela mais brilhante. Essa é a minha mãe. É ela quem está iluminando o caminho da minha vida e tenho certeza de que ela tem orgulho de quem me tornei. Isso me dá forças para melhorar a cada dia!’.
“Ah, depois de um tempo, eu segui para cursar meu intercâmbio no Canadá e fui para a cidade e a escola que ela tinha escolhido na época. Um dia, eu estava andando de bicicleta e encontrei uma rua com o mesmo nome dela. Foi um momento muito especial pra mim!”
“Quando eu estou triste, eu sinto ela comigo e me acalmo. A energia que ela deixou aqui na Terra é tão grande que me faz sentir melhor rapidinho. A Dona Arlete era a pessoa mais iluminada e feliz que eu conheci”, disse a Ana. Sobre o dia das mães? Ela disse que é um dia que ela se cerca de pessoas que a fazem bem e tem um recadinho especial pra gente: “O amor de mãe e filha ultrapassa todas as barreiras do mundo e, mesmo que ela se vá – como a minha se foi, o amor continua aqui. Abracem suas mães por mim e mandem um beijo para a Tia Arlete, ela ficará feliz com isso!” <3
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