Desvendamos uma das coisas mais chatas do mundo: rinite alérgica!
Entenda como ela acontece, como previni-la e até mesmo os possíveis tratamentos.
É extremamente irritante quando você está tranquila e, do nada, começa a espirrar, fica com o nariz enorme, vermelho e coçando, sem falar na garganta e nos olhos, que também resolvem coçar desesperadamente. Se você leu isso e ficou concordando, bem-vinda ao clube de quem tem rinite, também conhecida como a reação alérgica mais irritante que existe. E é exatamente ela que vamos desvendar aqui e aproveitar para dar algumas dicas para te ajudar a lidar melhor com a reação.
Primeiro, é importante você entender o que é a rinite para que o resto faça sentido. Rinite nada mais do que uma reação imunológica do próprio corpo humano. Como assim? “O nariz, que faz parte das vias respiratórias, limpa, aquece e umidifica o ar inspirado. Quando algum corpo estranho entra nele, ele ativa um importante mecanismo de defesa para impedir que isso chegue aos pulmões”, conta a alergista Daniela Gardioli.
Só que é exatamente esse mecanismo de defesa que entope seu nariz, causa espirros e secreção (coriza) para tentar expulsar as partículas estranhas, conhecidas como alérgenos. “O que acontece com pessoas alérgicas, no caso, com quem tem rinite, é que o nariz age dessa forma contra substâncias que na verdade não seriam ruins para muita gente, como a poeira e ácaros”, a Dra. Daniela explica.
Ou seja, se você tem rinite, é porque seu organismo considera tóxica uma substância que nem sempre é, e aí tenta te proteger dela. E de quem é a culpa de você passar por isso? Sentimos em informar, mas, talvez, ela seja dos seus pais – sem querer, claro. Sabe-se que essa característica costuma ser genética e quando sua mãe e seu pai têm rinite, as chances de você ter também são de 50%.
Os sintomas chatos, como a coceira, o nariz entupido, a secreção clara e os espirros podem ser aliviados com anti-alérgicos. “A ingestão aumentada de líquidos também ajuda, mas um médico deve sempre ser consultado para saber qual é o medicamento mais indicado”, alerta Daniela Gardioli. É importante ressaltar que esses remédios que você toma quando a rinite já está atacada apenas melhoram os sintomas momentaneamente. Se nunca te contaram, no entanto, existe um tratamento eficaz para a rinite alérgica, sim!
“Ele é feito com vacinas e os resultados são muito bons. O paciente que é confirmadamente alérgico consegue melhorar já nos primeiros meses de tratamento”, a alergista conta. Outra opção é fazer um tratamento com remédios, que são tomados e espirrados no nariz diariamente para evitar que a rinite sequer apareça. Mas cabe a você e sua família decidirem se preferem investir em algum deles – e aí, vale reforçar, é preciso ter um acompanhamento médico.
Quando não tratada, mesmo que a cada vez que aparece, a rinite apresenta risco de complicações e a Dra. Daniela conta quais: “O paciente pode ter sinusites, roncar (o que atrapalha o sono), ter infecções no ouvido e na garganta, conjuntivites e dormir de boca aberta, o que leva a outros problemas”.
Até desanima, né?! A rinite alérgica é realmente muito irritante e ficar tomando remédio para ela o tempo todo também não é legal. Por isso mesmo, você pode mudar algumas coisinhas no seu dia a dia para fazer com que ela apareça menos – e dar uma folguinha para seu sistema respiratório. “Evitar ventiladores, mesmo que sejam limpos todos os dias, porque eles espalham as partículas de poeira e ácaros” é uma das indicações de Daniela Gardioli.
Ela também sugere trocar o travesseiro de seis em seis meses e usar capa impermeável nele, não usar produtos com cheiro forte na limpeza da casa (sabão de coco é sempre uma boa alternativa), não passar perfumes e desodorantes com cheiro forte, e evitar livros, bichos de pelúcia, cortinas e tapetes no quarto. Nem é tão difícil assim, vai?! Ok. Talvez um pouco. Mas todos esses cuidados valem a pena quando o assunto é poder respirar em paz. Ufa!
E você, também sofre com a rinite alérgica?
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