Destino, hospedagem e duração: 4 leitoras contam como decidir os detalhes do intercâmbio
Parecem escolhas simples, mas cada decisão influencia em toda a experiência.
Por Marcela Bonafé
Atualizado em 1 nov 2024, 13h40 - Publicado em 19 mar 2016, 10h50
Do momento em que você decide fazer um intercâmbio até o tão esperado dia, é preciso decidir muitos detalhes que podem fazer toda a diferença. Depois de escolher o destino, geralmente começa a busca para conhecer as opções de cursos e suas durações ou os tipos de lugar em que é possível fica hospedado, por exemplo. E nessa fase, nada mais legal do que conversar com pessoas que já viveram essa experiência para entender como realmente funciona.
Conversamos com quatro leitoras que fizeram intercâmbios bem diferentes e elas contaram um pouco sobre pontos importantes de suas viagens. Se você pensa em fazer um, quem sabe não te ajuda a esclarecer algumas coisas?!
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1. DESTINO
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Luma Fernandes escolheu um destino não tão comum: Taiwan. “Quando decidi fazer intercambio, não queria um país parecido com o Brasil, queria uma experiência bem diferente”, conta. E ela amou a escolha! Descobriu várias coisas legais, visitou lugares lindos, conviveu com taiwaneses divertidos. Isso sem falar da cultura, como ela mesma lembra: “lá, arrotar na mesa é normal e não é falta de educação”.
Natália Duez decidiu ir para o Vancouver, no Canadá, e explica: “quando chegou a hora de decidir, priorizei um lugar diferente e com paisagens bem exóticas. O frio contou bastante também!”. Ela gostou muito do fato de tudo funcionar bem por lá, desde transporte até planos de saúde.
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Gabriela Peres optou pelos Estados Unidos por causa da familiaridade com o idioma inglês. Além disso, Santa Bárbara é um lugar pequeno e fácil de se virar sozinha, o que contou pontos na escolha. “E também era pertinho de Los Angeles, então eu pude ir para l.A. várias vezes”, completa. O que mais chamou a atenção da estudante foi o fato de você andar despreocupada nas ruas: “era muito seguro!”.
Bruna Debski sempre foi apaixonada por artistas ingleses, como o One Direction, os Beatles e a Amy Whinehouse. Para completar, ela começou a ver muitas notícias sobre Londres por causa das Olimpíadas, então não teve dúvidas: era a Inglaterra a sua escolha final. Bru adorou o fato de todo mundo viver bem com as diferenças: “além da mistura de culturas, você encontra de tudo no país, literalmente falando. Desde prédios novos misturados com alguns bem antigos até pessoas super conservadoras convivendo com outras mais radicais”.
2. IDIOMA
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A Luma falava pouquíssimo de inglês e nada de chinês, então aprendeu os dois idiomas na viagem. A necessidade de falar no dia a dia ajudou muito na aprendizagem e na questão de perder a vergonha de se aventurar em outra língua. Ela também tinha aulas de chinês como parte do curso. “No começo, o Google tradutor me salvou muito!”, dá a dica.
Todas as outras meninas já falavam o idioma antes de viajar, o que facilitou bastante. Só que no caso da Gabi, que foi para os Estados Unidos, e da Bru, que foi para a Inglaterra, elas não eram fluentes. Logo, toda a experiência das aulas e da vivência no lugar ajudou elas a aprimorarem muito o inglês. Inclusive esse era o objetivo e elas destacam que o intercâmbio as fez falar com mais segurança!
3. DURAÇÃO
A Bruna ficou um mês de fériasna Inglaterra e conta se arrependeu-se desse curto período de tempo: “foi suficiente para aproveitar tudo o que eu podia”, admite.
A Gabi também viajou nas férias, mas no final do ano. Então, o intercâmbio dela nos Estados Unidos durou três meses. Ela teria ficado mais, mas acha que assim foi bom. Principalmente, porque o lugar era pequeno e quase toda semana chegava gente nova e outras iam embora.
A Nat passou seis meses no Canadá e também admite que quando estava acabando, queria ficar mais. “Já que você vai voltar para casa um dia, o melhor é aproveitar tudo que essa vida nova te oferece e fica difícil dizer adeus”. Apesar disso, ela acha que foi tempo suficiente para curtir tudo.
O intercâmbio da Luma para Taiwan foi o mais longo dos quatro e durou um ano. Ela achou que foi na medida certa, porque, no final, já estava com saudade de casa: “o que mais quero hoje é voltar por conta própria, trabalhar, estudar e viver lá”.
4. HOSPEDAGEM
A Luma, que foi para Taiwan, ficou em casa de família. A parte mais legal é que isso muitas vezes supria o fato de ela não ter a família verdadeira por perto. A Nat, que foi para o Canadá, tambpem escolheu essa opção de hospedagem: “é muito enriquecedor ter esse contato com os seus novos pais e irmãos. Morar em casa de família te permite realmente entrar na cultura e viver como alguém de lá”.
Mas nem tudo são flores. A Nat, inclusive, teve alguns problemas com a família, principalmente associados à falta de higiene e privacidade. Então, precisou trocar de família. Para Luma, o ponto negativo era não ter tanta liberdade, como, por exemplo, poder sair de casa e voltar quando quisesse.
Homeshare talvez seja uma opção que muitas pessoas não conheçam, mas é uma espécie de republica, em que uma mãezona mora na casa principal. A Gabi, que foi para os Estados Unidos, escolher essa opção: “os meninos e as meninas dormiam em quartos separados e usavam banheiros separados também, só a cozinha e sala que eram compartilhadas”. Ela gostou do fato de nunca ficar sozinha, ter feito vários amigos dentro de casa e praticado o inglês o tempo todo.
A Bru, que viajou para a Inglaterra, ficou em residência estudantil e amou essa opção. Como tinha 16 anos na época, e era marinheira de primeira viagem, ficou meio cismada com a segurança. Na residência, ela se sentiu muito segura e confortável – tinha quarto, banheiro e cozinha para ela. Outra coisa legal é que ela tinha que se virar bastante. “Foi bom porque tive que começar a me preparar para a vida“, conta. Só que por ser menor de idade, também tinha controle de horário para voltar.
5. OBJETIVO
A Gabi e a Bru fizeram intercâmbio para estudar inglês nas férias. No curso, elas tinham aulas de gramática e conversação em um período do dia e, depois da aula, podiam curtir a viagem e passear muito! O legal é que todos os alunos da escola eram estrangeiros, então as duas fizeram amigos de várias partes do mundo.
A Nat foi para o intercâmbio depois de acabar o Ensino Médio, e lá fez vários cursos de curta duração, como Mídias Sociais, Sustentabilidade e Literatura Acadêmica. Foi bem produtivo. A escola também era para alunos estrangeiros, mas quando ela e os amigos saíam à noite, se socializavam com os canadenses locais.
A Luma foi na metade do terceiro ano, cursas o High School, e teve que validar o diploma no Brasildepois, o que deu um pouco de trabalho. Ela estudava em período integral e conta sobre as aulas: “tinha chinês, matemática, inglês escrita e leitura, educação física, e também tinha umas aulas doidas como aula de maquiagem ou aula de história com um militar. A maioria dos colegas dela por lá eram taiwaneses, então ela mergulhou bastante na cultura.
Viu só?! Existe intercâmbio para agradar todos os gostos! Cabe a você decidir qual é o seu foco na viagem e perceber qual é o melhor tempo e a melhor forma de concluir seus objetivos. Boa sorte!