Dançar pra comemorar gol faz parte da história e da cultura do futebol
Vai ter dancinha de comemoração, sim, e os incomodados que... Bem, se retirem e não dancem!
As clássicas dancinhas de comemoração de gols no futebol são marca registrada dos jogadores brasileiros, mas você sabia que não é algo exclusivo do país? Pois é! A comemoração divertida já é tradição na Copa do Mundo há muito tempo, como em países como Camarões e África do Sul.
Mesmo que alguns se mostrem incomodados com o costume – como o comentarista irlandês Roy Keane, que disse durante entrevista achar tudo muito “desrespeitoso” -, a dança em campo reflete costumes relacionados à cultura das nações. A dança faz parte da história e é também uma forma de luta.
#BailaVini contra o racismo
Não teria outra maneira de mostrar o impacto das danças nas partidas sem relembrar o caso recente que o jogador Vini Jr., lateral da seleção brasileira, enfrentou. Como bom brasileiro, o atleta é conhecido no seu time atual, o Real Madrid, por suas dancinhas em campo. Acontece que uma galera, aquela que não acha a postura ideal para um futebolista, começou a bombardear o atleta com ataques racistas. Durante uma transmissão na TV espanhola, um agente chegou a chamar as danças de Vini de “macaquices”.
Nas redes sociais, o brasileiro respondeu aos ataques em um posicionamento em vídeo. Em um trecho, Vini diz: “Não vou parar de dançar. Seja no Sambódromo, no Bernabéu ou onde quer que seja”. Forte, né?!
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Danças na Copa do Mundo
Antes do “boom” das dancinhas do TikTok e do funk brasileiro, os jogadores já celebravam os gols de maneira coreografada. Em 1990, a lenda Roger Milla lançou uma lambada em campo, após marcar gols a favor de Camarões. Como nos anos 90 o ritmo estava em alta, o jogador brasileiro Careca também investiu na lambada para comemorar quando botava a bola na rede.
Em 2002, Ronaldinho Gaúcho simplesmente mandou um sambinha em sua comemoração de gol contra a Inglaterra. No mesmo ano, os jogadores do Senegal também chamaram a atenção ao festejarem muito após vitória sobre a França.
A África do Sul, em 2010, e a Colômbia, em 2014, também arrasaram em campo – tanto nos chutes, quanto nas coreografias!
Brasil: o país do passinho
O baile faz parte da cultura popular brasileira e os passinhos do funk também. Neymar é um jogador que sempre viraliza com suas celebrações de gol. Desde a época em que jogava no Santos, o atacante já arriscava uns passinhos.
Na Copa do Catar, seus principais parceiros de dança são Vini Jr. (com quem já performou o hit “Chapadinha de Gaveta”) e Lucas Paquetá. O Raphinha, que também manda umas coreografias de vez em quando, revelou recentemente em uma coletiva que eles até ensaiam no vestiário! #descontração
E a tradição é tanta que não teria como não citar a icônica “Dança do Pombo”, que virou a marca registrada de Richarlison – e foi dançada até pelo técnico Tite.
ainda não superei o tite fazendo a dança do pombo ESSE É O MEU TÉCNICO pic.twitter.com/46ZMSFz1Fl
— bunny ♡ (@bleedprncess) December 5, 2022
Deu para perceber o impacto que as comemorações dançantes têm, né? Elas ultrapassam gerações e eternizam momentos icônicos no universo do futebol.
Já podemos chamar quem é contra de “inimigo da felicidade”?!