Covid-19: Casos de reinfecção são registrados na Bélgica e na Holanda

OMS diz que, apesar de possível, reinfecção não deve ser comum

Por Gabriela Junqueira Atualizado em 30 out 2024, 23h39 - Publicado em 25 ago 2020, 16h44

Um dia após pesquisadores de Hong Kong anunciarem o primeiro caso confirmado de reinfecção pelo coronavírus do mundo, cientistas holandeses relatam mais dois casos, um na Holanda e outro na Bélgica. A virologista Marion Koopmans afirmou para a emissora pública holandesa NOS que o paciente holandês era um idoso e possuía o sistema imunológico enfraquecido. Koopmans disse que não se assusta em saber de casos de reinfecção, mas que a questão é determinar a frequência em que eles acontecem.

Mulher sendo testada para Covid-19 em drive-thru AlexRaths/Getty Images

Já a paciente belga é uma mulher que foi infectada pelo coronavírus em março e julho, e teve apenas sintomas leves. De acordo com o virologista Marc Van Ranst, os anticorpos desenvolvidos da primeira vez não foram suficientes ou capazes de evitar a segunda infecção.

“Acho que nos próximos dias veremos outras histórias semelhantes. Essas podem ser exceções, mas existem e não são apenas uma”, disse Ranst, que acrescentou: “Talvez haja muito mais pessoas que, depois de seis ou sete meses, possam ter uma reinfecção.”

Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), a reinfecção é possível, no entanto não deve ser tão comum. “Provavelmente veremos mais casos, mas parece não ser um evento regular”, disse Margaret Harris, porta-voz da OMS, após o caso de Hong Kong ser confirmado. A representante ainda destacou que a proteção oferecida por uma vacina é diferente da que surge após uma infecção.

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No Brasil, pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto anunciaram, no começo de agosto, que estavam estudando um possível caso de reinfecção. A paciente em questão é uma técnica de enfermagem que testou positivo para coronavírus em maio, voltou a ter os sintomas no dia 27 de junho e testou positivo novamente para SARS-Cov-2.

De acordo com O Globo, o médico Fernando Belissimo Rodrigues, que acompanhou a paciente, explicou que os sintomas das infecções foram diferentes, o que faz as chances de se tratar de um resquício do vírus serem pequenas. Além da técnica de enfermagem, outros casos vêm sendo analisados em São Paulo, Minas Gerais, na Bahia e em Goiás.

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