Cientistas encontram explicação para o famoso déjà vu

Pesquisadores realizaram um estudo e descobriram o que causa o déjà vu e quais partes do cérebros estão envolvidas com essa sensação.

Por Marcela Bonafé Atualizado em 1 nov 2024, 13h17 - Publicado em 23 ago 2016, 18h52

Você provavelmente teve, pelo menos uma vez na vida, a impressão de já ter visto ou vivido uma situação antes. Essa sensação, chamada popularmente de déjà vu (do francês “já visto”), costuma até dar um pouco de medo, porque parece muuuito real. Tem gente que acha até que, na verdade, é porque já sonhou com aquele momento ou que é um lance meio vidas passadas, mas não!. Existe uma explicação científica sobre o que acontece com nosso cérebro nesses casos.

Durante a Conferência Internacional da Memória, em Budapeste, um pesquisador da Universidade de St. Andrews contou como funciona. Essa reação, na verdade, é um tipo de alerta de prevenção emitido pelo cérebro quando alguma memória distorcida é corrigida. É mais ou menos como se ele checasse se você tem alguma memória meio confusa ou falsa e, então, emitisse o tal déjà vu.

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Para chegar a essa conclusão, ele realizou uma experiência onde disparou déjà vus artificiais para estudá-los. Ele e seus colegas apresentaram aos participantes uma série de palavras que tinham conexão, sem mostrar qual era a palavra que exatamente ligava todas elas. Por exemplo, “bed”(cama), “pillow”(travesseiro), “night”(noite) e “dream”(sonho) foram mostradas, mas “sleep”(dormir), não. Em seguida, para ter certeza, perguntaram se eles tinham ouvido alguma palavra com a letra “S” (no caso, sleep) e todos confirmaram que não.

No entanto, mais tarde, quando foram questionados novamente sobre quais palavras tinham ouvido, a maioria dos participantes disse que lembrava de ter ouvido a palavra “sleep”, mesmo sabendo que não tinha, e isso resultou numa sensação de déjà vu. Enquanto isso, todos estavam sendo monitorados com um sistema de ressonância. Os pesquisadores perceberam que as partes que estavam mais ativas no cérebro durante o estudo não era a da memória, mas sim as áreas frontais, que são ligadas à tomada de decisões.

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deja vu

As conclusões apontam que esse lobo frontal provavelmente monitora nossas memórias quando elas são resgatadas, procurando por erros no conteúdo e é ativado quando percebe alguma irregularidade. Apesar de serem necessários mais estudos sobre o assunto, isso mostra que talvez nosso cérebro acompanha suas próprias atividades e tenta reparar algumas confusões.

Curioso, né?! Você gosta de ter déjá vus?

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