Você já ouviu falar sobre Stonehenge, um círculo de pedras localizado no meio do nada em Salisbury, na Inglaterra? Caso não tenha escutado nada sobre esse Patrimônio Mundial da UNESCO, precisa saber algumas informações básicas antes de iniciarmos nossa viagem virtual. Há muitas teorias a respeito do nascimento dessa espécie de monumento, mas não se sabe ao certo como e quando ele surgiu ou foi descoberto. Há quem acredite que as “hanging stones” (pedras suspensas) foram erguidas por extraterrestres. Há também quem afirme que elas têm o poder da cura. Outras pessoas ainda acham que o local é místico e emana uma energia incrível. É por isso que, vez ou outra, você até pode encontrar alguns hippies meditando por lá.
O marco histórico inglês atrai todos os anos milhares de visitantes de diferentes lugares do mundo. Eu, Isa Otto, repórter de comportamento da CAPRICHO, fui uma dessas pessoas. Em novembro do último ano, fiz uma viagem para a Inglaterra e aproveitei o tempo livre para conhecer Stonehenge e realizar esse antigo sonho. Já tinha lido muito sobre as tais pedras. Dois dos meus livros favoritos falam sobre elas: Azar o Seu!, da Carol Sabar, e As Brumas de Avalon, de Marion Zimmer Bradley. Este último faz, na verdade, parte de uma saga que de forma pouco subliminar dá a entender que, em um passado bastante distante, Stonehenge fez parte de Avalon, uma ilha lendária habitada por fadas (ou feiticeiras, como preferir). Como sou uma pessoa muito mística, quis sentir de perto a energia do local.
A viagem até Salisbury pode ser feita por conta própria ou você pode fechar um passeio guiado em uma das muitas agências espalhadas pela Inglaterra (City Discovery, Golden Tours, British Tours). Como estava sozinha, me senti mais segura indo de excursão. A viagem até Stonehenge dura cerca de uma hora. Uma vez lá, você tem aproximadamente três horas para passear pelo local, fazer compras, comer e depois retornar para o ônibus. Apesar do muitos visitantes, o tempo é suficiente. Se você me perguntar se eu gostei, vou dizer que sim. Se me questionar se valeu a pena, responderei que muito! Se quiser saber se eu voltaria… Não.
Por quê? Bom, no meu pensamento, Stonehenge continuava a ser o círculo místico de pedras da época de Avalon. Não é mais assim. O local está bastante modernizado, ganhou uma estrutura urbanizada e linhas de segurança que te impedem de chegar perto das pedras. Eu entendo que isso seja necessário para atender a demanda de turistas, facilitar o acesso e a locomoção, e proteger o patrimônio histórico, mas a interação que tive com o local não era a que estava imaginando.
Contudo, ao aprender um pouco mais sobre a história e as lendas a respeito de Stonehenge (você recebe um áudio-guia no local com várias opções de idiomas), você consegue se teletransportar para uma época em que era possível chegar pertinho das enormes pedras, desbravar o interior delas e sentir a energia. É impossível não reconhecer que o lugar é intrigante. Como aquelas pedras gigantes foram erguidas? O que foi usado para isso? Por que foram colocadas naquela posição? Ou elas sempre foram assim? Será que rolavam mesmo rituais por lá?
Visitar Stonehenge é uma viagem que você precisa fazer uma vez na vida. É muito legal como as pessoas reagem e ficam empolgadas quando você diz que já viu aquelas pedras ao vivo! Para sempre me lembrar desse momento, comprei na lojinha local um pingente para pulseira no formato do conjunto de pedras mais famoso do local, que tem a aparência do número Pi. Custou apenas £ 10 (cerca de R$ 40). Agora, posso voltar sempre que quiser…
E aí, você já tinha ouvido falar sobre Stonehenge? Tem vontade de visitar o local? Já foi?
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