A gente vive escutando como deveríamos nos vestir, como agir e quem deveríamos ser. Crescemos em um mundo de incertezas, onde sempre devemos seguir os padrões. A rebeldia surge, então, como um ato de contrapartida a todas essas regras que são estabelecidas sobre nós.
Seria possível criar uma própria perspectiva de mundo? Um próprio estilo e uma maneira autêntica de viver?
Oi, gente, tudo bem? Eu sou a Nick, da Galera Capricho e, assim como você, cresci ouvindo tudo que eu deveria ser, cresci me comparando com corpos irreais na Internet e me deparando com aquelas “receitinhas” de como atingir o tal “corpo perfeito”.
Em certo momento da minha vida, com uma bagagem tão pesada em minhas costas de expectativas de como eu deveria viver, diversos questionamentos surgiram em minha cabeça: Quem estou tentando agradar? Por quê? Até quando vou ser uma versão do que esperam de mim?
O processo de autoconhecimento é indispensável para nos ajudar a descobrir quem de fato somos, é uma caminhada extensa e nem um pouco simples ou fácil, mas claro, esse caminhar não se faz sozinho. Uma companhia muito significativa que tive durante essa jornada foi a de músicas brasileiras que carregam consigo o cunho de rebeldia.
Músicas nacionais sempre me representaram uma autenticidade cultural enorme. Com ritmo animado e letras de fácil entendimento e acesso, elas se tornam um importante ajudante de encorajamento contra os padrões. Versos que abordam a temática liberdade e autenticidade firmaram na minha cabeça um importante lema:
Manifeste. Desobedeça. Seja você!
Onde Flor – O Grilo
“Onde flor não for jardim
Eu não vou, eu sou assim
Algo que não cabe mais em mim”
Sentinelas – Selvagens à Procura da Lei
“Com tanta força pra seguir
Ouvi um grito de socorro
Pedindo pra nascer de novo
Marcas correm no meu rosto
Há quanto tempo eu só morro?”
Difícil – Terno Rei
“Foi, foi difícil
Mas chegar até aqui
Fiz as pazes comigo
Cê não acha bonito?”
Terraço – Posada
“Essa soma, essa poesia
Essa vontade de voar
[…]
Só tenho obrigação com a liberdade
Saber do peso da idade
E jogar tudo pro ar”