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Blog da Galera: entrevista com a revelação Ana Godoy, autora de “Anagrama”

Paula Neiman, da Galera CH, bate um papo com uma escritora que é da cidade dela, Gravataí. Confira!

Por Da Redação Atualizado em 20 dez 2019, 16h00 - Publicado em 20 dez 2019, 15h00

Oii, galera! Tudo certo? Aqui é a Paula Neiman! Na matéria de hoje, trouxe uma entrevista com a querida escritora Ana Godoy. A Ana é de Gravataí, cidade onde moro e que fica na região metropolitana da capital do Rio Grande do Sul. Atualmente lançando seu segundo livro, o Anagrama, tem muitas histórias para contar, muita representatividade e, principalmente, muito amor pela arte!

Essa é a Ana! 🙂 Divulgação/Divulgação

Espero que vocês curtam o bate papo que eu tive com a Ana, e conheçam o trabalho dela. Vocês irão amar, tenho certeza!

CH: Como você começou no meio artístico? Quando teve certeza que era isso que você queria para a sua vida?
Ana: Iniciei de vez no mundo artístico, como artista (pois admiradora sempre fui), em 2016, quando lancei meu primeiro livro, o ComVerso. Eu tive certeza que queria isso quando eu comecei a ir nas escolas e percebi que eu consigo modificar a vida das pessoas através da arte. Que eu inspiro as crianças a seguirem os próprios sonhos.

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CH: Como foi o processo de criação de ComVerso? Como tudo começou?
Ana: O processo foi bem divertido, eu comecei a escrever no ensino médio então foi uma junção de fatores, mas principalmente o fato de eu estar apaixonada (risos). Tudo que eu sentia eu escrevia, era libertador.

CH: Você procura passar algum tipo de representatividade nos seus livros, frases e trabalhos artísticos? Quem você procura representar?
Ana: Nas minhas frases e poemas que possuem um cunho de crítica social eu procuro representar todos que se incomodam com os cenários atuais, que não aceitam ver as atrocidades que ocorrem no nosso dia a dia. Procuro sempre mostrar minha visão sobre o assunto de forma poética mas sem pegar o local de fala de alguém.

CH: Quais são seus projetos futuros?
Ana: Estou lançando meu segundo livro, o Anagrama, que é um pouco diferente do primeiro. E também estou participando de um projeto totalmente artístico que também será lançada em breve. Além disso, tenho alguns outros trabalhos, para dar maior visibilidade aos artistas da minha região, mas isso em 2020.

CH: Como iniciou a ideia de um livro tão diferente como o Anagrama?
Ana: Confesso que às vezes nem eu sei da onde surgem as ideias, os textos/frases são apenas alguns que eu escrevi desde 2017 até agora. A ideia de juntar tecnologia e outros artistas foi minha e dessa vontade de inovar e querer ajudar os outros que eu tenho.

CH: Como foi o processo de organização do livro? Você escolheu todas as pessoas? Quais foram os seus critérios?
Ana: Foi um processo bem demorado e detalhado, eu conto muito com a ajuda da Letrada Comunicação. Sim, eu que escolhi todas as pessoas e por mim teria bem mais gente! Além do critério de proximidade, tem uma galera que faz um trabalho lindo e que eu sempre acompanhei, então eu queria muito dar visibilidade para os mesmos, foi muito legal ver o envolvimento do pessoal!

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CH: Como você vê a arte na sua vida? O que ela representa?
Ana: A arte é tudo! Eu acho que não somos nada sem ela. É a forma que eu me expresso para o mundo.

CH: Se você pudesse escrever um livro com colaboração de qualquer artista do mundo, quem seria e por que?
Ana: Pergunta difícil, hein?! (risos) Se puder escolher alguém que já partiu, adoraria escrever com o Mario Quintana, pois eu me identifico demais com a maioria das coisas que ele escreveu. Admiro e toda vez que vou a CMQ eu me emociono! Mas também adoraria escrever com Pedro Gabriel, do livro Eu me chamo Antônio, que foi uma das inspirações para o meu início.

Divulgação/Divulgação

CH: Como foi a aceitação para a sua família de que você queria ser artista? Eles sempre te apoiaram?
Ana: De início sempre rola umas piadinhas com a ideia ser artista, e um medo também de que eu me frustre e etc, mas eles me apoiam e morrem de orgulho.

CH: O que você diria para as pessoas que sonham em trabalhar no meio artístico mas tem medo da instabilidade do futuro?
Ana: É difícil? É! Isso não podemos negar! As pessoas cada vez mais acham que a arte é besteira. Mas se é isso que te move, se é isso que te faz pulsar, vai atrás! Acredita em ti e no teu potencial. Muitas portas irão se fechar, mas ao mesmo tempo janelas irão se abrir. A instabilidade está presente em quase tudo, não deixe de ser feliz por medo do futuro!

CH: Como você se vê daqui a 10 anos? Quais projetos quer ter feito parte ou criado?
Ana: Me vejo com a minha própria empresa e auxiliando/ajudando muita gente no meio artístico, não sei se no Brasil, até lá tem muita coisa para acontecer (risos). Pretendo ter lançado pelo menos mais um livro, ter ajudado na elaboração de um curta-metragem e de uma peça teatral.

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CH: Atualmente, no Brasil, a arte no geral está enfrentando um momento delicado. Como você vê esse processo? O que faria para mudar?
Ana: O cenário não tem sido favorável mesmo, mas acredito que muita gente ainda não tem acesso e gostaria de ter. A gente tem que levar a arte até as pessoas, mobilizar e usar a arte como porta voz.

CH: Quais artistas são a sua maior inspiração?
Ana: São vários! E em diferentes ramos, possuo escritores como Mario Quintana, Martha Medeiros, Fernando Pessoa, Paulo Leminski, Pedro Gabriel. Tem grafiteiro, tem cantor. Iiih, gente para me inspirar não falta!

CH: O que a arte de rua é para você?
Ana: A arte de rua é a voz do povo, é o meio de expressão. As ruas somos nós e é ali que temos nossa liberdade.

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Até a próxima matéria, até a próxima entrevista!
@paula_neiman

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