Atualmente, apenas 26% dos papéis de liderança em filmes são femininos
Muitas mudanças aconteceram nos últimos anos, mas, apesar de tudo, não chegamos nem à metade...
Quando a gente fala que a mudança é gradativa e que ainda temos um caminho longo pela frente, não estamos falando da boca pra fora. Quando o assunto é Hollywood, é inegável que há alguns anos há uma maior preocupação com representatividade e empoderamento feminino nas produções cinematográficas, mas um estudo recente revelou que, ainda hoje, apenas 26% dos papeis de liderança nos filmes são femininos.
Os americanos Conor Neville e Phyllis Anastasion, da Universidade Saint Joseph, na Filadélfia, são os responsável pelo levantamento. Eles perceberam que houve um aumento de protagonistas femininas no cinema, mas que a grande maioria dos personagens principais continua a ser escritos para homens e por homens. Em 2002, por exemplo, só 28% dos papéis eram escritos para mulheres.
Outro ponto do estudo que merece destaque é que, nos 50 filmes mais rentáveis dos Estados Unidos nos últimos tempos, somente 36% dos papeis principais são ocupados por mulheres, o que nos leva a outra questão importante: o quanto a audiência tem culpa nisso?
É indiscutível que fomos acostumadas a ver homens nos papéis principais, sendo tratados como heróis – vide sagas mais retáveis do cinema e longas de super-heróis. Mas nosso olhar crítico foi alertado e a mudança de percepção só vai acontecer efetivamente se essa realidade for alterada. Não adianta que discursos empoderados sejam feitos por produtoras se a indústria cinematográfica continua bastante machista.
Em 2017, a CAPRICHO produziu uma série de vídeos para o projeto #BeTheChangeCH e contou a história da cineasta Lara Koer, que dribla o machismo no dia a dia profissional e muda a história das mulheres dentro do cinema, atrás e na frente das câmeras.