Após ter imagem ridicularizada por página do Facebook, estudante desabafa: ‘nada justifica’
D.C., que preferiu não ser identificada, foi exposta de uma maneira bastante cruel por uma página que tirou sarro de suas fotos do Instagram.
Imagina a seguinte situação: você está olhando o feed do Facebook, quando, de repente, se depara com uma foto sua, que está sendo usada sem o seu consentimento, por uma página preconceituosa de ~humor~ . Foi o que aconteceu com a D.C., de 17 anos. “Ser exposta dessa maneira não é legal. Não é a primeira vez que vejo essa página ridicularizar uma garota online”, escreveu D.C. em seu perfil da rede social. Essa foi a primeira coisa que ela fez após o choque.
A estudante conta que desabafar na rede foi o jeito mais simples que encontrou de tornar o caso público. “Eu ia ignorar, mas pensei: ‘ não é porque eu não ligo, que outras meninas não vão ligar ‘. Foi uma forma que encontrei de falar para as garotas bloquearem o perfil do administrator, denunciarem a página e evitarem passar por esse tipo de situação”.
Sim, o mais inacreditável é que a vítima conhecia o seu agressor (de acordo com a Constituição, publicar a imagem de pessoas sem autorização é crime ). “O cara já vinha usando seus perfis, tanto o oficial quanto os fakes, para me insultar. Saquei na hora que se tratava da mesma pessoa pelo jeito de escrever. Ele administrava um grupo do qual eu fazia parte e se estressou com a minha popularidade. Eu nem me considero uma garota popular, mas foi exatamente essa a expressão que ele usou”, conta D.C., que afirma não ter sentido medo: ” era só um babaca que sentia ódio reprimido por mulheres “.
Depois de bloquear o cara no Face, D.C. contou tudo o que havia acontecido para os pais, pois queria que eles soubessem da boca dela e não por terceiros. “Foi a pior parte. Eles quiseram saber de onde o rapaz era, por que ele havia feito algo do tipo comigo e me disseram para guardar todos os prints das nossas conversas e da imagem que ele postou na página, para o caso de ele voltar a me expor virtualmente. Foi um conselho muito sábio!”, lembra.
Apesar de ter todas as provas guardadas, D.C. não prestou queixa. “Parece fácil, mas não é. E se ele pagasse pelo crime, ficasse com ainda mais ódio de mim e me fizesse mais algum mal? E se não desse em nada? Como viveria com esse sentimento de injustiça? Será que a dor de cabeça valeria a pena?”. Como está em época de vestibular, a estudante não foi atrás da Justiça. Mas ela tem um conselho muito importante para te dar: ” acho que cada caso é um caso e cada pessoa deve fazer aquilo que se sentir bem fazendo. Mas jamais se culpe! Meninas têm o costume de se culpar, mas nada justifica alguém te ridicularizar e te expôr na internet “, afirma.
Se você estiver passando pela mesma situação da D.C. ou passar por algo parecido em algum momento da vida, a CAPRICHO te aconselha a denunciar a página usando a própria ferramenta do Facebook. É um clique que faz toda a diferença! E, é claro, não pense que você precisa enfrentar a barra sozinha. Conte com o apoio dos amigos e, principalmente, dos pais. Alguns agressores podem ainda usar a internet como escudo para te ameaçar. Bloqueie o perfil na hora e não responda as mensagens privadas.
Você já passou por alguma situação do tipo? Lembre-se de que juntas somos mais fortes!