Após ter imagem ridicularizada por página do Facebook, estudante desabafa: ‘nada justifica’

D.C., que preferiu não ser identificada, foi exposta de uma maneira bastante cruel por uma página que tirou sarro de suas fotos do Instagram.

Por Da Redação Atualizado em 4 nov 2024, 14h30 - Publicado em 4 set 2015, 12h20

Imagina a seguinte situação: você está olhando o feed do Facebook, quando, de repente, se depara com uma foto sua, que está sendo usada sem o seu consentimento, por uma página preconceituosa de ~humor~ . Foi o que aconteceu com a D.C., de 17 anos. “Ser exposta dessa maneira não é legal. Não é a primeira vez que vejo essa página ridicularizar uma garota online”, escreveu D.C. em seu perfil da rede social. Essa foi a primeira coisa que ela fez após o choque.

A estudante conta que desabafar na rede foi o jeito mais simples que encontrou de tornar o caso público. “Eu ia ignorar, mas pensei: ‘ não é porque eu não ligo, que outras meninas não vão ligar ‘. Foi uma forma que encontrei de falar para as garotas bloquearem o perfil do administrator, denunciarem a página e evitarem passar por esse tipo de situação”.

Sim, o mais inacreditável é que a vítima conhecia o seu agressor (de acordo com a Constituição, publicar a imagem de pessoas sem autorização é crime ). “O cara já vinha usando seus perfis, tanto o oficial quanto os fakes, para me insultar. Saquei na hora que se tratava da mesma pessoa pelo jeito de escrever. Ele administrava um grupo do qual eu fazia parte e se estressou com a minha popularidade. Eu nem me considero uma garota popular, mas foi exatamente essa a expressão que ele usou”, conta D.C., que afirma não ter sentido medo: ” era só um babaca que sentia ódio reprimido por mulheres “.

Continua após a publicidade

Depois de bloquear o cara no Face, D.C. contou tudo o que havia acontecido para os pais, pois queria que eles soubessem da boca dela e não por terceiros. “Foi a pior parte. Eles quiseram saber de onde o rapaz era, por que ele havia feito algo do tipo comigo e me disseram para guardar todos os prints das nossas conversas e da imagem que ele postou na página, para o caso de ele voltar a me expor virtualmente. Foi um conselho muito sábio!”, lembra.

Apesar de ter todas as provas guardadas, D.C. não prestou queixa. “Parece fácil, mas não é. E se ele pagasse pelo crime, ficasse com ainda mais ódio de mim e me fizesse mais algum mal? E se não desse em nada? Como viveria com esse sentimento de injustiça? Será que a dor de cabeça valeria a pena?”. Como está em época de vestibular, a estudante não foi atrás da Justiça. Mas ela tem um conselho muito importante para te dar: ” acho que cada caso é um caso e cada pessoa deve fazer aquilo que se sentir bem fazendo. Mas jamais se culpe! Meninas têm o costume de se culpar, mas nada justifica alguém te ridicularizar e te expôr na internet “, afirma.

Se você estiver passando pela mesma situação da D.C. ou passar por algo parecido em algum momento da vida, a CAPRICHO te aconselha a denunciar a página usando a própria ferramenta do Facebook. É um clique que faz toda a diferença! E, é claro, não pense que você precisa enfrentar a barra sozinha. Conte com o apoio dos amigos e, principalmente, dos pais. Alguns agressores podem ainda usar a internet como escudo para te ameaçar. Bloqueie o perfil na hora e não responda as mensagens privadas.

Você já passou por alguma situação do tipo? Lembre-se de que juntas somos mais fortes!

Publicidade