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Amor patológico: quando o sentimento vira doença e quais são os sintomas?

Quando sai do controle, a necessidade de estar com o outro se assemelha a um vício, cuja droga é o amado(a). Entenda melhor o problema

Por Juliana Morales Atualizado em 29 out 2024, 18h14 - Publicado em 8 out 2023, 10h00

Amor rima com dor? Ás vezes, sim, viu? Esse sentimento tão bonito quando vivido de forma descontrolada e excessiva pode se tornar um problema: o chamado amor patológico. A CAPRICHO te explica melhor o termo, quais são os sintomas e indica maneiras de se recuperar desse quadro.

Rosa Claudia, psicóloga e fundadora do Núcleo de Atendimento ao Amor Patológico (NAPA) explica que o “amor patológico é o comportamento repetitivo e sem controle de prestar cuidados e atenção excessivos ao parceiro(a) em um relacionamento amoroso”. Essa necessidade de estar com o outro se assemelha, segundo a especialista, a uma dependência química, cuja droga é o amado(a). 

Vale pontuar que no começo do relacionamento, na fase da paixão e encantamento, a vontade de ficar o tempo todo junto e ficar imerso na relação é comum. Mas quando isso se estende depois de meses e até anos, quando a relação já deveria ter passado para outras fases e ter ficado mais realista, é que está o problema.  

Sintomas do amor patológico

Rosa diz que um dos principais sinais do desenvolvimento de um amor patológico é o abandono de interesses de atividades próprias. Ou seja, a pessoa deixa de lado seu trabalho, obrigações e convívios com outras pessoas para cuidar apenas do outro e dessa relação. “Existe um traço obsessivo”, diz a psicóloga.

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Quando o parceiro está longe ou ameaça de romper a relação, por exemplo, é possível observar um quadro parecido com a abstinência. “Podem acontecer sintomas físicos mesmo, como a insônia, taquicardia, suor, além de uma gigantesca angústia”, explica.

Além da dependência, o ciúmes excessivo pode ser outro alerta importante, viu?

Quem está mais vulnerável ao amor patológico?

O desenvolvimento do amor patológico pode estar relacionado com um aspectos da infância, pontua Rosa.  Se a família é indisponível emocionalmente, seja por narcisismo ou vício, o indivíduo desde pequeno pode começar a criar um cenário de carência e falta, que depois pode aparecer no relacionamentos.

Por isso, é preciso pensar na raiz do problema e buscar entender o comportamento. Muitas vezes, por conta dessas questões estruturais e relacionadas à história de vida, a pessoa repete esses mesmos padrões em todos seus relacionamentos.

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O amor patológico, muitas vezes, vem acompanhado de quadros depressivos, fobias e ansiedade. É importante ficar atento a esse sinais o quanto antes, admitir que as coisas estão fora do controle e buscar ajuda psicológica e grupos de apoio, certo? 

Atitudes importantes para dosar o amor antes que ele adoeça

Para que o amor não “adoeça”, Rosa destaca a importância de cada pessoa imprimir sua individualidade desde o começo da relação. Ter hobbies e interesses independentemente da presença do parceiro ou parceira é muito importante, por exemplo.

O autoconhecimento e o amor próprio são fundamentais para sempre saber se priorizar e manter uma relação saudável dos dois lados. Afinal, o amor vem para transbordar mais felicidade e paz, e não para preencher vazios ou dar sentido para a vida.

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