Alunos fazem saudação nazista pra representante de classe: “O novo Führer”
Episódio aconteceu em um tradicional colégio particular de Recife, em Pernambuco
Na última quarta-feira (4/3), uma imagem assustadora viralizou nas redes sociais. Ela mostrava alguns estudantes do colégio particular Santa Maria, um dos mais tradicionais de Recife, em Pernambuco, fazendo a típica saudação nazista que os seguidores de Adolph Hitler faziam durante o período da 2ª Guerra Mundial.
A foto, postada na conta de Instagram @militancia.2020, foi apagada após viralizar – e o perfil também foi excluído na sequência. Os alunos, em sua maioria meninos, saudavam o candidato a representante de classe, apresentado-o na legenda da imagem como “o novo Führer da série nessa caminhada para a construção de um novo e inovador Reich”.
Führer era como os nazistas chamavam Hitler, chanceler do Reich entre 1934 e 1945. Em alemão, a palavra significa “líder”, “guia”. Os estudantes, que estavam elegendo uma pessoa para representá-los na formatura, sabiam muito bem o que estavam fazendo e a informação que estavam propagando. “Amigo do povo e com boa oratória, [ele] promete proporcionar aos formandos uma noite inesquecível”, dizia outro trecho da publicação, que continha ainda a expressão “ariano” (na Alemanha nazista, a expressão era usada para se referir à “raça pura”, o povo loiro de olhos claros, o contrário dos judeus, por exemplo, que eram uma raça impura).
Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, o colégio Santa Maria organizou uma reunião de emergência após saber da polêmica e suspendeu os alunos até o próximo dia 17. A escola também liberou um comunicado especial em suas redes sociais: “O Santa Maria não apoia nenhum comportamento que vá de encontro aos valores cristãos, éticos, cidadãos, à preservação da vida, ao respeito a todos as raças, povos e crenças”.
Estima-se que o número de judeus mortos durante o Holocausto tenha sido de 6 milhões. O museu Yad Vashem, memorial dedicado às vítimas judaicas do período, localizado em Israel, na capital Jerusalém, contudo, garante que é impossível chegar a um número sequer aproximado – e que ele pode ter sido muito maior.