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“A sociedade foi programada pra não ver a beleza negra”, diz Miss Universo

A sul-africana Zozibini Tunzi venceu o Miss Universo 2019 e mostrou o quão representativa é a coroa que hoje leva em sua cabeça.

Por Isabella Otto 9 dez 2019, 12h41

A noite do último domingo, 8, foi marcante para a história do Miss Universo, que elegeu Zozibini Tunzi, da África do Sul, como a mulher mais bonita do mundo. Desde 2011 que uma negra não vencia o concurso. Naquele ano, quem levou a coroa foi a angolana Leila Lopes.

Zozibini após ser eleita a mulher mais bonita do mundo no Miss Universo 2019! Paras Griffin/Getty Images

Aos 26 anos, Zozibini fez um discurso representativo na competição, dizendo que ela cresceu em um mundo onde mulheres como ela, com sua cor de pele e seu cabelo, nunca foram consideradas bonitas. “Isso acaba hoje!”, disse. A Miss Universo também disse que quer que meninas negras se vejam refletidas nela. A fala da sul africana mostra o quão representativa é a coroa que ela recebeu.

 

Em um evento realizado após o evento, Tunzi fez outras pontuações bastante relevantes e que promovem a reflexão. “A sociedade foi programada durante muito tempo para não ver a beleza negra, mas agora estamos entrando em um tempo em que finalmente mulheres como eu podem saber que somos bonitas”, falou.

Para ela, a coroa representa uma missão maior: a de representar, como mulher negra e africana, a inclusão e a diversidade. Nas redes, a repercussão foi grande:

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