A Natália está no sexto ano da Faculdade de Medicina do ABC

A Natália conta como é fazer o curso mais concorrido do Brasil.

Por Da Redação Atualizado em 4 nov 2024, 23h25 - Publicado em 22 jul 2013, 18h51

– Natália Magalhães de Mattos, 25 anos, estudante do sexto ano na Faculdade de Medicina do ABC

 

 

“Eu nem me lembro quando decidi fazer Medicina: sempre quis, desde pequena! São seis anos de faculdade e nos primeiros quatro, você vive na sala de aula . Já nos dois últimos, no internato, passa quase todo o tempo no hospital e tem algumas aulas por lá.

 

Pra fazer medicina, você precisa ser organizada, gostar de estudar e se dedicar. Por ser um curso em período integral, a gente precisa abrir mão de algumas coisas para conseguir estudar tudo.

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No começo, há matérias como fisiologia, onde você estuda como as coisas funcionam no nosso organismo, e anatomia, que para mim era a mais difícil. Depois, você passa a estudar especialidades como cardiologia, endocrinologia e no final do curso revê essas disciplinas na prática. Pediatria é a que mais interessou e quero seguir esta área.

 

A graduação não varia muito de faculdade para faculdade : algumas não têm hospitais próprios para a prática, mas todas as faculdade reconhecidas têm um internato muito bom. O que realmente muda são as atividades extracurriculares.

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A gente chama os dois últimos anos da faculdade de estágio. Isso porque não existe estágio remunerado em Medicina: a parte prática é obrigatória. Às vezes a própria faculdade oferece estágios, que pagam (pouco). Trabalhar em clínicas e clubes, coisas do gênero, não é legalizado, porque ainda não somos médicos!

 

Quando você se forma, vira médico generalista e sabe diagnosticar e tratar as doenças mais comuns. Depois, pode se especializar em um grande número de áreas como infectologia, psiquiatria, oftalmologia, oncologia, cirurgia, genética, medicina esportiva e vários outros. A especialização pode levar de 2 a 6 anos, dependendo da especialidade.

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O salário inicial de um médico recém-formado é de R$ 2.860 para 24 horas semanais, segundo o Sindicato dos Médicos de São Paulo. E a vantagem é que dificilmente falta trabalho na nossa área.

 

Além de ser um curso concorrido, Medicina tem uma rotina cansativa em um ambiente pesado. É preciso ser muito consciente e saber que um médico não para de estudar nunca. Mas vale muito a pena!”

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