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9 curiosidades sobre Lady Diana, eternizada como a “Princesa do Povo”

"Spencer", com Kristen Stewart, retrata os dramas pessoais de um dos nomes mais famosos da monarquia britânica

Por Isabella Otto 7 fev 2022, 16h33

Com Spencer, estrelado por Kristen Stewart nos cinemas, a curiosadade sobre a história da Princesa Diana foi novamente despertada. Lady Di, como era popularmente conhecida, conheceu o Príncipe Charles, que estava pressionado pela Família Real a se casar com uma moça que atendesse às exigências da Coroa (jovem, plebeia, virgem e autêntica), no final dos anos 70. Ela, que até então era ajudante em uma escola e limpava a casa para a irmã Sarah, foi aprovada com unanimidade e, anos depois, casou-se com o Príncipe de Gales, numa cerimônia que foi assistida no mundo todo por 750 milhões de pessoas.

Lady Dis entada na escada
Lady Di descansando em sua casa, residência em Highgrove, Gloucestershire. Tim Graham Photo Library/Getty Images

O casório, contudo, estava fadado ao fracasso. Charles amava Camila Shand, hoje Duquesa da Cornualha, que estava casada na época com Andrew Parker. Diana sabia disso, mas, uma vez comprometida com a realeza, superou os obstáculos e as tristezas do dia a dia, e deu voz ao povo, às minorias e trabalhou desde o início para não ser apenas um rostinho novo; ser uma revolucionária dentro de um antigo regime monárquico! Ela conseguiu e ainda hoje é um dos nomes mundiais campeões em audiência. O que nem sempre é algo positivo, como veremos a seguir, mas é muito marcante quando encontramos pessoas com relevância que usam sua fama para atrair a atenção para causas até então marginalizadas pela sociedade.

Confira agora nove curiosidades sobre a trajetória de Diana Spencer, a Lady Di, eternizada como a “Princesa do Povo”:

1. Ela era 12 anos mais jovem que o Príncipe Charles quando se casou com ele

Diana Spencer conheceu Charles Philip quando tinha 18 anos de idade. Ela era irmã de Lady Sarah Spencer, com quem o príncipe teve um breve relacionamento – apesar de The Crown dar a entender que eles eram apenas amigos coloridos. Ela ficou noiva e casou-se aos 19, em 29 de julho de 1981. Muito jovem, ela, inicialmente, ficou encantada com o conto de fadas que estava prestes a viver, mas, aos poucos, foi percebendo que a vida podia ser solitária, mesmo sendo rodeada por paparazzi e fãs, e que nem sempre casamentos na monarquia aconteciam por amor.

Lady Di e Charles
Príncipe Charles com Diana, sua noiva, no Castelo de Balmoral, na Escócia. Foi lá que ela passou pelos “testes” e foi aprovada pela Rainha Elizabeth e por seu marido, Philip, o Duque de Edimburgo. Tim Graham Photo Library/Getty Images

2. Recusou-se a jurar obediência ao marido no altar

É possível dizer que Diana foi o primeiro sopro de uma rebeldia que a monarquia inglesa estava precisando. Apesar de ter começado um pouquinho antes, foi no altar que ela oficializou sua revolução, ao alterar o tradicional discurso em que as esposas faziam para os maridos, jurando, entre tantas coisas, obedecer o parceiro. Muitas vezes, essa obediência era entendida como submissão. O filho de Lady Di, William, e Kate Middleton acataram as mudanças feitas por Diana no texto matrimonial quando se casaram três décadas depois.

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3. Sofria de bulimia

Antes de o terceiro episódio da 4ª temporada de The Crown começar, um aviso aparece na tela: de que cenas retratando distúrbios alimentares, que poderiam ser gatilho para algumas pessoas, seriam mostradas. Essa foi talvez a única exigência feita à Netflix por Emma Corrin, que interpreta a Princesa Diana no seriado. A atriz inglesa queria que a bulimia de Diana fosse mostrada de forma honesta: “Se íamos mostrar, que não fosse só uma alusão(…) A própria Diana foi muito sincera sobre sua experiência, algo impressionante na época“, disse em entrevista. Relatos de Diana sobre o transtorno serviram para alertar as pessoas sobre a gravidade dos distúrbios alimentares e como eles precisam ser abordados de maneira sincera e responsável. “Eu chegava em casa e era muito difícil saber como confortar a mim mesma depois de passar o dia confortando outras pessoas, então eu pulava para a geladeira. Estava pedindo socorro, mas dando os sinais errados(…) A autoestima está baixa e você se sente sem valor. Você enche o estômago quatro ou cinco vezes por dia, talvez mais, e isso te conforta. Mas é só temporário. Depois, você sente nojo do seu estômago e põe para fora. É repetitivo e destrutivo“, relevou a Princesa de Gales em entrevista à BBC em 1995.

Lady Di visitando mina na Angola
Princesa Diana visitando mina em 1997, na Angola. Na sequência, ela visitou um centro de tratamento de trabalhadores vítimas de acidentes em minas. Anwar Hussein Collection/Getty Images

4. Apoiava mais de 100 instituições de caridade

Lady Di era bastante ativa no voluntariado e moldou os padrões atuais de engajamento da Família Real Britânica. Diana, por exemplo, assistia à causa da International Campaign to Ban Landmines, uma campanha que lutava para banir minas terrestres – que, inclusive, chegou a vencer o Prêmio Nobel da Paz. Além disso, ela foi uma das pessoas que ajudaram a desmitificar o vírus da Aids. A Princesa de Gales organizou em 1987, quando pacientes com HIV e a doença eram bastante marginalizados pela sociedade, uma visita a um centro de tratamento e, sem luva, o que era algo chocante na época, cumprimentos os pacientes soropositivos com apertos de mão e abraços. Nos anos 80, várias pessoas achavam que o vírus da Aids podia ser transmitido pelo toque. A atitude de Diana ganhou os jornais, como quase tudo que ela fazia, e contribuiu para a desmitificação dessa fake news.

5. Leiloou seu guarda-roupa para arrecadar fundos para a caridade

Dois meses antes de sua morte, que aconteceu em 31 de agosto de 1997, a princesa disponibilizou em um leilão alguns de seus vestidos icônicos para arrecadar fundos para as instituições Royal Marsden Hospital Cancer Fund e AIDS Crisis Trust, que lutavam no combate ao câncer de mama e à Aids. Não é preciso nem dizer que milhões de libras foram acumuladas, né? Uma das peças, vendida por £100 mil, foi o vestido azul de veludo, modelo ombro a ombro, de Victor Edelstein, que Lady Di usou em 1985, em visita à Casa Branca, nos EUA, quando dançou com John Travolta.

Lady Di dançando com seu icônico vestido preto
Diana dançando com John Travolta, vestindo seu icônico vestido azul de veludo, em 9 de novembro de 1985, durante evento organizado por Ronald Regan, presidente dos EUA. Anwar Hussein/WireImage/Getty Images

6. O Elton John era um de seus melhores amigos

A “Princesa do Povo”, como era conhecida, se tornou amiga de algumas personalidades da mídia, como o cantor Sir Elton John. Em 2017, quando a morte de Diana completou 20 anos, o artista postou em seu Instagram que “o mundo havia perdido um anjo”. No funeral de Lady Di, foi Elton que cantou em homenagem à amiga, numa apresentação emocionante. A música foi Candle In The Wind, do álbum “Goodbye Yellow Brick Road”, lançado em 1973. Ele, na ocasião, alterou a letra de “Adeus, Norma Jean” para “Adeus, Rosa da Inglaterra”. Outras partes da canção também dizem: “Você possuía o encanto de se manter de pé enquanto todos à sua volta rastejavam” e “A solidão era difícil, foi o papel mais difícil que você encenou”; o que caiu como uma luva para retratar a história de Diana Spencer. É importante destacar que Elton John também sempre lutou em causas de combate à Aids, tendo fundado em 1993 a Elton John AIDS Foundation.

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7. Foi a primeira princesa a levar os filhos para a Disney

Superprotetora, Lady Di cuidava de perto dos seus filhos, William e Harry, levando-os à escola, para comer no McDonald’s e também para o Walt Disney World, na Flórida, nos EUA. Ela também batia bastante de frente com a Imprensa quando os paparazzi invadiam a privacidade dos garotos, colocando-os em risco. O próprio Duque de Cambridge, hoje com 38 anos, disse que a mãe “sempre tentava viver uma vida normal”. Na Disney, por exemplo, nada de regalias. Filhos e mãe esperavam normalmente nas filas para as atrações, como qualquer outro turista por lá.

8. O jornalismo de celebridades que existe hoje deve muito a ela

Lady Di, até hoje, é um dos nomes que mais dá audiência na mídia. Por ter vindo de família nobre, mas de fora da realeza, a Imprensa a tratava como sendo da plebe, o que motivou o apelido de “Princesa do Povo”. Diana foi perseguida por paparazzi e fãs desde o primeiro dia em que foi cogitada para se tornar a esposa do Príncipe Charles. A perseguição era constante e, até nos momentos de lazer, quando só queria curtir com a família e os amigos, Di tinha que lidar com jornalistas e fotógrafos invasivos. A situação toda era tão caótica que, no funeral de Lady Di, Earl Spencer, seu irmão, disse que a Imprensa foi a culpada pela sua morte (Diana morreu em uma acidente de carro, em Paris, enquanto era perseguida por paparazzi). Hoje, sites famosos especializados em fofocas de celebridades, como o Just Jared e o TMZ, por exemplo, devem muito ao legado deixado por Diana – e cabe a nós questioná-lo e decidir até que ponto ele pode ser nocivo para nós, para a profissão e para os famosos em questão.

Lady Di cumprimentando o povo
Lady Di interagindo com fãs durante viagem para o Canadá, em maio de 1986. Diana era aclamada no mundo todo! Georges De Keerle/Getty Images

9. Tem muitos memoriais dedicados a ela

Enterrada em Althorp House, em Northampton, mansão no interior da Inglaterra que Diana viveu com Charles até se casarem, outros memoriais foram construídos em homenagem à princesa. Em Londres mesmo existe a fonte Memorial de Diana, que fica dentro do Hyde Park, ao sul do Lago Serpentine. Em Paris, a estátua Chama da Liberdade, apesar de ter sido criada inicialmente para celebrar a vitória de Napoleão III, foi rebatizada em homenagem à princesa. Constantemente, há fotos e flores no local para manter viva a memória de Diana, pois foi no túnel sob o monumento que ela morreu anos anos 90.

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