80% da matemática ensinada na escola não é útil, diz físico
Conrad Wolfram acredita que a matemática das escolas precisa sofrer algumas mudanças.
Para uma grande parte dos estudantes, matemática não é uma matéria nada fácil. Com certeza você já deve ter escutado algum colega de sala reclamar que não usaria todos aqueles cálculos fora da escola – ou até você já deve ter pensado isso, né? Se você concorda com tudo isso, saiba que não está sozinha: tem um físico famoso que também está de acordo com essa ideia. Estamos falando de Conrad Wolfram, físico e matemático formado pela Universidade de Cambridge e fundador da Computer Based Math.
Conrad Wolfram ficou conhecido em 2010, quando apresentou uma palestra na TED sobre como ensinar a matemática do mundo real às crianças. Sabe todas aquelas contas ~enormes~ que enchiam a lousa até não caber mais nada? O físico acredita que os cálculos devem ser ensinados através de operações com o computador, de acordo com o El País.
Segundo Wolfram, os problemas reais do século XXI só podem ser resolvidos com o uso do computador, por isso ele deve entrar no sistema educacional como parte fundamental da disciplina. “Tentar saber como é que o computador funciona não requer menos trabalho para o cérebro. Os problemas a serem resolvidos são muito mais complexos e é aí que as crianças deveriam ser treinadas”, opina.
Ele acredita que ensinar crianças a fazer cálculos de equações de segundo grau não faz sentido e que, ao invés disso, é necessário ensiná-las a interpretar os dados. “Um exemplo bastante simples: na equação x+2=4, lhe ensinaram que se você passar o 2 para a direita, o sinal muda e se transforma em menos 2. Nesse caso, você também não entende o que está fazendo”, argumenta.
Quantos alunos que gostam de matemática você conhece? Não são muitos, né? Wolfram defende que a falta de motivação é uma das maiores tragédias da matemática. “A matemática tradicional já não faz sentido e provavelmente 80% do conteúdo das aulas não é útil e você jamais utilizará fora da escola“, finaliza.
E, aí? Você concorda com ele?