8 dicas de como agir caso você seja hackeada

Especialista do aplicativo PSafe dá dicas valiosas de como proceder caso suas fotos e/ou vídeos sejam hackeados. É crime!

Por Equipe CAPRICHO Atualizado em 1 nov 2024, 13h37 - Publicado em 11 abr 2016, 16h20

Um recente levantamento realizado pela ONG SaferNet (Organização de Defesa dos Direitos Humanos na Internet) aponta que em 2014, 244 crimes de exposição pública online foram denunciados. Ou seja, 244 pessoas que tiveram fotos íntimas expostas por terceiros na internet fizeram uma denúncia formal. Os dados ainda apontam que 81% dessas denúncias foram feitas por mulheres, sendo 28% delas com idades entre 18 e 25 anos.

Emilio Simoni, gerente de segurança do PSafe, um assistente pessoal gratuito que garante proteção e privacidade para a usuário que o utiliza, explica o porquê desse boom – negativo – entre jovens: “eles tomam menos cuidados com os crimes virtuais porque acham que nunca vai acontecer”. O especialista ainda afirma que a prevenção ainda é a melhor solução: “é recomendável evitar o compartilhamento de dados pessoas e o armazenamentos de fotos íntimas em sites não seguros”.

PSafe desenvolveu, com exclusividade para a CAPRICHO, uma lista com oito conselhos para o caso de você ser vítima de crime de violação pessoal em algum momento da vida. Se o seu aparelho celular for um smartphone, você também pode baixar o aplicativo PSafe Total na loja da Google Play e ficar ainda mais protegidinha – assim como suas fotos do rolo da câmera!

1.  Converse com seus pais
Fotos e vídeos estão constantemente na mira de pessoas mal-intencionadas. Pode acontecer com você, mesmo que você tome alguns cuidados. Nesse caso, ninguém melhor do que seus pais para te apoiar e te orientar. Nós sabemos que é uma situação delicada, mas não tenha vergonha de se abrir com eles.

2.  Jamais apague as provas
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Por mais que você queira esquecer o corrido, é extremamente importante fazer cópias de absolutamente tudo o que foi divulgado! Isso vai facilitar (e muito!) a denúncia formal. Se possível, crie uma pasta no computador com prints do crime e de conversas com o possível criminoso (ou seja, a pessoa que divulgou as suas fotos íntimas), registre a data de acesso, link da página onde as imagens foram publicadas, etc. Quanto mais provas, melhor.
 
3.  Registre um Boletim de Ocorrência (B.O.)
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Salve os arquivos em alguma mídia (CD, DVD, pen drive, etc), imprima todos eles e, junto com seus pais, vá até a delegacia mais próxima para fazer um Boletim de Ocorrência, relatando o que houve. Também é válido fazer aquela denúncia online, que as redes sociais disponibilizam em caso de crimes de violações na web.
 
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4. Faça uma Ata Notarial
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O nome assusta, mas nada mais é do que você reconhecer em cartório todas as provas que recolheu. Assim, elas passam a ser documentos com validade jurídica e ninguém poderá contestá-los no futuro. Você pode preservar as provas registrando uma Ata Notarial em qualquer Cartório de Notas (ou Tabelionato de Notas).
 
5.  Garanta a veracidade das mensagens
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Para conteúdo em e-mails, a dica é “Salvar como anexo”. Isso porque, quando o e-mail é encaminhado, o cabeçalho original é modificado, prejudicando a identificação do remetente. Além disso, cabe tirar um print da página. Fica a dica!
 
6.  Peça a ajuda dos amigos
Caso pessoas conhecidas recebam o conteúdo íntimo seu violado, peça para eles te informarem e, é claro, não compartilharem. Repassar fotos íntimas, mesmo que você não conheça a pessoa, é crime!
 
7.  Procure com seus pais um advogado
Com as provas, o B.O. e a Ata Notarial (que não é obrigatória, mas te deixa mais confiante para denunciar o crime) em mãos, fale com um advogado – de preferência, um especializado na área de Direito Digital. Não deixa barato!
 
8.  Fale abertamente sobre o assunto
Vergonha ou medo só reforçam a impunidade. Por isso, garanta os seus direitos e não se cale. Lembre-se: a culpa nunca é da vítima!
 
Você já passou por algo parecido ou conhece alguém que tenha tido a intimidade exposta da internet? Conversar com adolescentes que já tenham passado por isso também ajuda, viu?
 
 
+ Lei também: ‘Tirei uma foto minha do pescoço pra baixo e apertei enviar. O pesadelo não tinha fim’
 
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